Medicina: muito trabalho, em diferentes locais

Se experiência é a palavra de ordem nas demais profissões, intensifica-se na área médica; crescimento profissional depende da vivência adquirida

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – Entregar-se aos cuidados de um médico exige uma dose muito alta de confiança. Afinal, em suas mãos se deposita o bem mais precioso que todos nós temos: a vida.

Frente a isso, quem se propõe a seguir este caminho deve ter, além da aptidão natural, disposição para o estudo e para as muitas horas de trabalho, responsabilidade quanto à importância de sua tarefa.

Setor de primeira necessidade

Sendo a área da Saúde um serviço de primeira necessidade, pode-se chegar à conclusão de que nunca falta emprego para os médicos, certo? A resposta é: depende! Como em qualquer profissão, o mercado se mostra concorrido nos grandes centros; entretanto, há boas oportunidades para quem batalha por elas.

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O caminho para o “novo médico” é, muitas vezes, trabalhoso. Embora não enfrente o fantasma do desemprego como em outras carreiras, sua busca, neste início, é de vivenciar a profissão e acumular o máximo possível de experiências. Afinal, cada caso é um caso, e somente no dia-a-dia este profissional terá o preparo necessário para encarar os desafios que virão pela frente.

Muito trabalho para engatar a carreira

Os salários para a área médica no início de carreira são considerados “muito bons” por algumas pessoas. Porém, é importante lembrar o volume de trabalho para se chegar a tal receita: é muito comum encontrar profissionais trabalhando em diversos locais diferentes, praticamente um para cada dia da semana, sem falar nos plantões aos sábados, domingos e feriados.

Atuar no pronto-socorro, atendendo casos urgentes, é a melhor forma de o profissional adquirir experiência, independente da sua especialização. No entanto, existe a possibilidade de atuar também em consultórios particulares, em convênios e cooperativas médicas, em instituições públicas ou dedicar-se ao ensino e à pesquisa.

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Faculdade de medicina

No curso de medicina, com duração média de seis anos, o aluno terá, no início, contato com disciplinas como anatomia, biologia e fisiologia. A partir do terceiro ano, começarão as matérias clínicas e o atendimento em ambulatório da faculdade.

Os últimos dois anos são marcados, geralmente, pelos estágios e plantões em centros de saúde e hospitais-escolas.

A tendência no País é de que o recém-graduado em medicina tenha uma boa formação generalista, e se especialize em sua área escolhida, entre as mais de 60 opções existentes, ao longo da residência médica. Durante dois anos, o médico terá a oportunidade de acompanhar equipes focadas na área escolhida, atuando em hospitais.

Convívio com os contrastes

As especialidades voltadas aos males comuns à velhice, como geriatria, reumatologia e cardiologia, têm se destacado em relação às demais. Da mesma forma, estão em alta as vagas na área de diagnóstico por imagem, em razão dos avanços tecnológicos obtidos constantemente neste segmento.

É importante destacar que a área médica enfrenta desafios, ao acompanhar os contrastes brasileiros: enquanto os avanços tecnológicos e a preocupação com a qualidade de vida têm trazido otimismo e novas perspectivas na Saúde, doenças já erradicadas no País voltam a aparecer, como a febre amarela e tuberculose.

Perfil do médico

Além de todo o conhecimento teórico, da aptidão à pesquisa e do esforço pessoal, o profissional deve ter uma preocupação bastante focada no aspecto humano. Esta tem sido uma observação freqüente das faculdades, que buscam preservar a relação de confiança entre paciente e médico.

O diálogo e o bom relacionamento entre as partes são fundamentais, e cabe ao profissional zelar para que isso aconteça. Têm se destacado no mercado profissionais que conseguem valorizar a atenção ao indivíduo, observando-o como um todo, evitando se focar apenas nos problemas apresentados em sua especialidade.