Mão de obra temporária é uma boa opção para reduzir custos trabalhistas

Estimativas apontam geração de 10 mil novas vagas temporárias em 2003; contrato é válido por 90 dias, mas pode ser prorrogado

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Em função dos elevados encargos trabalhistas no Brasil, muitas empresas estão optando por contratar mão de obra temporária, como alternativa para reduzir custos com a folha de pagamento.

Diante das elevadas taxas de desemprego e da possibilidade de alterações na legislação trabalhista, contratar mão de obra temporária pode representar queda nas despesas sem perda de produtividade.

10 mil vagas temporárias devem surgir em 2003

De acordo com a Adecco, responsável pelo recrutamento de pessoal para outras empresas, em 2003 devem surgir em torno de 10 mil vagas de trabalho temporário, o que representa um incremento de 43% no volume de postos de empregos gerados frente ao mesmo período do ano passado.

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A empresa de origem franco-suíça atua em diversos países e possui 30 filiais espalhadas no Brasil. No ano passado, foram contratados 80 mil trabalhadores temporários e terceirizados, o que representa uma média de 6,7 mil funcionários por folha de pagamento.

Segundo a atual legislação, um trabalhador temporário possui contrato com validade máxima de noventa dias, com a possibilidade de prorrogação de outros noventa dias. Se esse prazo expirar e o trabalhador continuar na empresa, a empresa é obrigada a contratar o funcionário e registrá-lo.

Remuneração varia de 1,5 a 10 salários mínimos

Atualmente, cerca de 60% da mão de obra recrutada pela Adecco contratada pelas empresas são de trabalhadores temporários. A remuneração dessa categoria varia entre 1,5 a 10 salários mínimos, de acordo com o nível de especialização.

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Contudo, a maior parte dos trabalhadores temporários recebe entre 3 a 5 salários mínimos. É importante ressaltar os interessados em trabalhos temporários precisam apresentar experiência anterior.

Tanto na indústria como no varejo, o trabalho temporário se concentra nas datas comemorativas, como Páscoa, Dia das Mães e Natal, assim como na época de festas juninas. A maioria das vagas é destinada à área de embalagens de mercadorias, transportes e reposição de mercadorias, mas também existem postos de trabalho para repor funcionários em férias ou licença.

Mão de obra efetiva também vem sendo contratada

Contudo, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as contratações de mão de obra efetiva também permanecem aquecidas, embora num ritmo mais lento do que o dos trabalhadores temporários.

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No último censo da Associação, em 2001, o número de lojas do setor havia crescido 13,3% para 69,3 mil frente aos números de 1996, enquanto o número de funcionários aumentou 13,7% para 710,7 mil trabalhadores.

Estima-se que atualmente existem 720 mil funcionários no setor, e ao contrário do que se imaginava, o número de postos de trabalho vem acompanhando a expansão de lojas de auto-serviços.

Isso porque, as empresas estão sendo obrigadas a investir pesado na qualidade do atendimento como forma de se destacar da concorrência, em um momento em que a competição no setor está cada vez mais acirrada.