Mais de 23% dos trabalhadores informais têm ensino superior, diz FGV

O estudo traça o perfil dos trabalhadores informais no Brasil e quais setores possuem maiores taxas de informalidade

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Um estudo realizado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) em parceria com o IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) revela que, em 2009, mais de 23% dos profissionais que possuem ensino Superior ou grau maior de estudos atuam na informalidade.

A maioria dos trabalhadores informais (que não possuem carteira de trabalho) ainda é a parcela de menor escolaridade, em média, de zero a três anos de estudos, representando 59,1% do total. Próximos a esses trabalhadores aparecem os profissionais com escolaridade entre quatro e sete anos, com quase 49%, seguidos pelos trabalhadores que possuem até dez anos de ensino, 37,7%, e pelos que têm ensino Médio completo.

Setor
A pesquisa também levantou os números de informalidade por setor. Nesse quesito, a Indústria Extrativa Mineral se destaca, com mais de 64% de trabalhadores informais. O estudo aponta que a taxa elevada neste setor pode estar associada ao trabalho familiar de pequenas propriedades.

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A lista segue com Serviços de Administração Pública, com 59,7%, outros serviços, com 47,1%, Indústria da Construção, com 44,6% e Serviços de Alojamento e Alimentação, com 37,5%.

“Setores intensivos em mão de obra se mostram como aqueles com maior taxa de informalidade como pode ser visto com base na informalidade elevada dos setores de serviços”, consta no estudo.

Informalidade em queda
De 2002 a 2009, a taxa de informalidade caiu em 6,2% e o desemprego 0,8%. Segundo dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), houve uma queda ainda mais significativa entre 2009 e 2011, atingindo 14,6% de diminuição.

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Além das iniciativas do governo, um dos motivos para esse resultado é a redução na participação de jovens no mercado de trabalho, visto que tal grupo apresenta alta informalidade. A baixa registrada também significa que os jovens brasileiros estão se dedicando aos diferentes níveis de estudos.

“A manutenção dos jovens nas escolas por mais tempo melhora a inserção destes no mercado de trabalho com taxas de desemprego menores e reduz a chance destes serem trabalhadores sem carteira”.