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SÃO PAULO – Para o diretor da Entheusiasmos, Eduardo Carmello, as empresas não possuem líderes capazes de entender que 80% do valor que uma organização gera atualmente provém de ativos intangíveis, como o relacionamento, marca, reputação e capital intelectual.
Desenvolver o papel de liderança não é uma tarefa fácil. Uma pesquisa constatou que mais de 50% dos líderes de empresas, entre eles, presidentes, diretores e gerentes, não têm condições ou habilidades para possibilitar que suas respectivas organizações tenham um bom resultado e consigam sobreviver no futuro próximo. O estudo foi realizado ao longo de três anos pela consultoria Entheusiasmos.
“Esse dado explica porque 75% dos empregados de empresas, de modo geral, segundo o levantamento do Conselho Americano de Liderança, não acreditam que suas lideranças possam levar as empresas adiante, com sucesso, nos próximos cinco anos”, diz.
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“O fato é que boa parte desses líderes, que administram empresas inclusive de grande porte, não entende questões muito importantes da modernidade, como a relevância dos ativos intangíveis, o que certamente vai comprometer o desempenho destas companhias num futuro breve”, acrescenta.
Problemas
Um dos principais problemas dos líderes, segundo Carmello, é a falta de resiliência. “Os líderes precisam agir como resilientes, para promover as transformações necessárias, que levam a empresa a entregar resultados de alta performance”.
Diante desse cenário, muitas empresas se veem diante do dilema de ter de demitir a metade dos seus líderes para ter alguma chance de sucesso, uma vez que as práticas desses líderes inibem a transformação das empresas.
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Segundo ele, ao longo de 15 anos de estudos e práticas nas empresas, foram feitas algumas perguntas aos líderes e executivos. Uma delas é se eles se consideravam pessoas com conhecimento e eficazes.
“Oitenta por cento deles disseram que sim, pois fizeram MBAs, frequentam cursos de atualização e leem revistas e jornais. No entanto, quando íamos verificar se estes conhecimentos estavam sendo aplicados, esse índice caía para 39%. E quando íamos avaliar se esses conhecimentos aplicados estavam gerando resultados, o indicador chegava apenas a 19%. Ou seja, apenas dizer que sabe não significa fazer e, para uma empresa, o fazer é o decisivo, é o que gera resultados”.