Maioria dos ex-funcionários mantém e utiliza dados da empresa

A pesquisa aponta que os funcionários não só acham que é aceitável levar e usar as informações, como acreditam que as organizações não se importam

Luiza Belloni Veronesi

Close-up of hands on desktop, holding pen and magazine

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SÃO PAULO – Cerca de 60% dos funcionários de empresas brasileiras que deixaram ou perderam seus empregos nos últimos 12 meses mantêm dados corporativos confidenciais. Além disso, 56% desses profissionais planejam usar tais dados em seus novos empregos, de acordo com uma pesquisa global da Symantec.

O estudo, realizado com mais de 3 mil profissionais brasileiros e de outros países, aponta que os funcionários não só acham que é aceitável levar e usar a PI (Propriedade Intelectual) quando deixam uma empresa, mas também acreditam que as organizações não se importam.

Mais de 70% dos executivos brasileiros acham aceitável transferir documentos de trabalho para dispositivos pessoais, enquanto a nível mundial, o percentual chega a 60%. Apenas 6% destes apagam os dados transferidos.

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Empresas também falham
A pesquisa ainda mostra que nem sempre as empresas deixam claro suas políticas de privacidade. Cerca de 70% dos profissionais no mundo dizem que suas organizações não tomam medidas para assegurar que os funcionários não utilizem informações competitivas sigilosas de terceiros.

“As empresas não podem concentrar suas defesas unicamente em invasores externos e funcionários mal intencionados que planejam vender PI”, alerta o Gerente de Engenharia de Sistemas e Especialista em Segurança da Symantec. “O funcionário que leva dados corporativos confidenciais sem segundas intenções, porque não entende que é errado, também pode ser muito prejudicial para uma organização”.

O gerente acrescenta que orientação isolada não vai resolver o problema de roubo de PI. “As empresas precisam de tecnologias de prevenção contra perda de dados para monitorar o uso da PI e alertar sobre os comportamentos que colocam dados corporativos confidenciais em risco”.