Maioria dos empresários pretende aumentar os salários em 2012

Percentual ficou acima da média global (66%) e ainda apresentou alta de 18 p.p. na comparação com 3º trimestre de 2011

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – A maioria dos empresários brasileiros (92%) pretende aumentar o salário dos seus funcionários nos próximos 12 meses. Ao menos é essa a expectativa do IBR 2012 (International Business Report) da Grant Thornton, que consultou mais de 11.500 mil empresas privadas de 40 países do globo.

De acordo com o relatório divulgado na segunda-feira (30), o percentual é 18 pontos percentuais superior ao do terceiro trimestre e ficou bem acima da média global, estimada em 66%.

Dos donos e diretores entrevistados no Brasil que pretendem elevar os salários, 40% disseram que o aumento deve ser acima da inflação, 10 pontos a mais do que no último trimestre, informa o responsável pelo IBR na America Latina da Grant Thornton, Javier Martínez.

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Ainda segundo ele, o fato se mostra muito positivo, já que assim a economia se manterá aquecida. “Os trabalhadores não perderão seu poder de compra”, diz.

Outros países
E no que se refere aos empresários de outros países, os da Tailândia (78%) e do Peru (52%) parecem ser os que mais esperam aumentar os salários acima da inflação.

O levantamento aponta ainda que as nações que mais pretendem elevar a remuneração de seus funcionários são a Argentina (100%), México (98%), Suécia (95%), Bélgica (90%), Canadá (88%), Índia (87%) e Austrália (85%).

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“A retenção de talentos continua sendo um dos principais fatores que estimula os empresários a melhorarem a remuneração de seus colaboradores, lembrando que o mercado está cada vez mais concorrido”, diz Martínez.

Quanto aos mais pessimistas, destacam Grécia (4%) e Japão (24%), que apresentaram queda de 16 p.p. e 9 p.p. em relação ao último trimestre.

Comparativo de 2011
E para quem precisa de um comparativo, no consolidado de 2011, por exemplo, 84% dos empresários brasileiros esperavam elevar seus salários. Ou seja, 14 p.p. mais que o registrado em 2010, o que garantiu ao País a 10ª posição no ranking global, mas a última colocação entre os países latino-americanos.

Além disso, segundo a Grant Thorton, a expectativa se manteve positiva na maioria das economias pesquisadas, sendo liderada por Argentina (95%), Suécia (93%) e África do Sul (92%). Grécia (11%), Irlanda (17%) e Itália (22%) apareceram no fim da tabela.