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SÃO PAULO – Mark Zuckerberg seria um chefe tirano, capaz de trancar seus funcionários dentro da empresa por dias para bater de frente com o Google e defensor da ideia de que ninguém deve passar mais de 4 anos em um mesmo ambiente de trabalho. Pelo menos é isso que diz um ex-gerente de produtos do Facebook, Antonio García Martínez.
Demitido da companhia em 2013, Martínez, que depois foi para o Twitter, lançou recentemente o livro Chaos Monkeys: Obscene Fortune And Random Failure in Silicon Valley. A peça de 499 páginas ainda sem tradução para o português fala sobre as dificuldades de abrir uma startup no centro empreendedor e relata algumas das situações que teria vivido dentro da sede da maior rede social do mundo.
As acusações são graves. Algumas passagens comparam a cultura do Facebook ao fascismo e sugerem que a imagem de Zuckerberg é adorada como a de um líder religioso. Além disso, de acordo com o livro, os funcionários passam por vigilância constante através de uma polícia interna, e o clima lembra uma constante guerra.
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Em determinado trecho, o autor conta que a empresa teria obrigado os funcionários a ficarem trancados 24 horas por dia, 7 dias por semana, trabalhando para criar novidades à rede social que impedissem que o Google Plus, seu potencial concorrente, deslanchasse.
Demitido “por diversos motivos, inclusive subordinação”, como ele mesmo diz, Martínez passou apenas 2 anos na companhia, mas relata que a cultura interna encorajava que funcionários que estivessem há 4 anos lá dentro pedissem demissão por já estarem “velhos demais”. Ao mesmo tempo, haveria uma espécie de lavagem cerebral interna que cria a noção de que toda a vida dos funcionários deve girar em torno de conseguir novos usuários para o Facebook.
Sem apresentar provas concretas de suas acusações, Martínez já publicou na internet trechos do livro, à venda na Amazon através deste link.
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Até agora, o Facebook preferiu não se manifestar a respeito da publicação.