Licença-paternidade eleva confiança dos profissionais, diz especialista

Segundo CEO do Great Place to Work, profissionais mudam percepção sobre a empresa quando têm o benefício

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Nesta semana, foi aprovada pelo Senado a extensão da licença-maternidade para seis meses. Contudo, nem só as mulheres têm o direito de usufruir dos primeiros momentos de seus filhos. A legislação brasileira prevê cinco dias consecutivos para a licença-paternidade. E o benefício tem impactos positivos no ambiente de trabalho.

Para o CEO Global do Great Place to Work, José Tolovi Jr., a licença-paternidade eleva o nível de confiança que os profissionais depositam na organização, bem como têm impactos positivos na percepção deles sobre a empresa. “Em um dos momentos mais importantes da vida de um homem, é muito bom saber que se pode contar com a empresa para a qual trabalha”, disse.

Hoje, os pais podem ficar cinco dias em casa após o nascimento do filho. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) aprovada pelo Senado nesta semana prevê um período maior, de 15 dias. A medida ainda precisará passar pela avaliação da Câmara dos Deputados.

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Direitos pelo mundo
Para Tolovi Jr., o Brasil ainda precisa avançar na questão da licença-paternidade. Segundo ele, em países como a França, Holanda, Polônia e Espanha, o benefício é de 16 semanas. “Nesses países, a tendência é fomentar o debate sobre a ampliação da licença-paternidade – incluindo pais adotivos e parceiros do mesmo sexo”, afirmou.

Na Dinamarca, a licença-maternidade remunerada tem duração de seis meses a um ano e pode ser partilhada pelo casal. “Na prática, além da licença-paterna regulamentar, fixada em duas semanas, o período adicional pode ser adaptado à rotina do casal. Em seis meses de licença, por exemplo, a mulher pode ficar em casa por três meses e o pai por mais três”, disse.

Tolovi Jr. ainda conta que muitas empresas têm políticas que estimulam a convivência dos pais com os filhos.