Jovens estão felizes com seus empregos, mas pensam em mudar de empresa

Estudo da Mercer sinaliza que jovens estão mais inclinados a mudar de emprego do que média global

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa realizada recentemente pela Mercer mostrou uma certa contradição entre a satisfação do jovem com seus empregos e sua vontade de mudar de emprego.

Se, por um lado, comparando com os profissionais de todas as faixas etárias, os jovens se mostram mais satisfeitos com as organizações e com seus empregos, e ainda se colocam bastante inclinados a recomendar as empresas para as quais trabalham, por outro, percebe-se que os mesmos jovens pensam seriamente em deixar as organizações.

O estudo da Mercer, chamado Inside Employees´ Minds, foi realizado entre o último trimestre de 2010 e o segundo trimestre de 2011 com cerca de 30 mil profissionais provenientes de empresas de 17 países, distribuídos entre Europa, Ásia e Américas.

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De acordo com o estudo, os trabalhadores com idade inferior a 34 anos estão mais inclinados a pensar em mudar de emprego do que os profissionais com idade superior. Isso foi observado em todos os mercados analisados. Apesar disso, esses mesmos jovens mostraram que estão satisfeitos com as empresas para as quais trabalham.

O estudo separou os mais jovens em duas faixas, de 16 a 24 anos e de 25 a 34 anos. Entre os que estão na primeira faixa, nota-se que eles estão 10% mais propensos a mudar de emprego do que a média geral dos trabalhadores que responderam à pesquisa, e os da segunda faixa estão 5% acima da média global.

Jovens brasileiros
No caso do Brasil, os jovens estão também mais propensos a deixar suas empresas do que a média geral dos trabalhadores. No entanto, a diferença não foi tão grande. Os jovens brasileiros entre 16 e 24 anos estão 4% mais inclinados a mudar de empresa do que a média geral dos profissionais. Na Argentina, por exemplo, os jovens da mesma faixa etária estão 21% mais propensos a fazer o mesmo.

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Em países como Estados Unidos, Itália, Austrália e Índia os trabalhadores entre 16 e 24 anos estão 12%, 12%, 14% e 12%, respectivamente, mais inclinados a mudar de emprego do que a média geral.

De acordo com o consultor da Mercer, Patrick Gilbert, a geração mais jovem tem uma ideia bem diferente de trabalho do que os mais velhos. Sua percepção quanto ao trabalho também vai se refletir na lealdade em relação às empresas em que estão posicionados. “Eles veem o trabalho como uma relação de troca mutualmente benéfica com os seus empregadores e, quando essa relação para de funcionar para eles, eles seguem em frente”.

Gilbert ainda destaca que os jovens não nutrem um grande sentimento de fidelidade com as organizações para as quais trabalham, nem mesmo tem grandes expectativas de emprego de longo prazo. “Sua lealdade primordial é com eles mesmos e com suas carreiras, e isso tem sérias implicações na forma com que os empregadores retêm essa geração de trabalhadores em suas empresas”.