Jovens brasileiros têm como prioridade abrir o próprio negócio

Pesquisa aponta que 76% dos jovens se veem empreendedores daqui dez anos

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Os jovens, que antes sonhavam em conquistar espaço em multinacionais, agora apostam em abrir seu próprio negócio, segundo a pesquisa “Perfil do LIDE Futuro”, realizada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) a pedido do LIDEFuturo.

Mais da metade (56%) dos jovens tem como prioridade abrir o próprio negócio nos próximos quatro anos. Já 24% querem ganhar experiência na empresa, outros 11% buscarão vivência no exterior e o restante, 9%, planejam focar na formação acadêmica.

Já para daqui dez anos, 76% dos entrevistados se veem empreendedores e apenas 17% planejam uma carreira executiva. Na situação atual, a maior parte, ou 46%, também afirmou ser empreendedor e 33% estão em uma multinacional.

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Para esses futuros líderes, obter um ambiente econômico favorável é a maior dificuldade para empreender. Há um ano, o capital necessário para abrir o próprio negócio era visto como ponto preocupante para 33% dos entrevistados. Já neste ano, essa opção ficou em terceiro lugar como dificuldade para dar andamento à carreira empreendedora, com 22%, seguido de ambiente favorável (26%) e experiência (24%).

Quando perguntados sobre o atual cenário político e econômico brasileiro, 47% classificaram como “regular”, 31% “bom”, 21% “ruim” e 1% “excelente”. Já em relação ao futuro, metade vê um cenário melhor, 29% igual e 20% pior.

Quem os inspiram?
Entre os líderes que inspiram e estimulam a classe jovem brasileira está o fundador da Apple, Steve Job, que foi lembrado por 33% dos respondentes, seguido por Warren Buffet (15%), Nelson Mandela (10%), Jack Welsh (8%), Bill Gates (9%), Mark Zukerberg (7%), além de Gandhi e Barack Obama (ambos com 5%).

Já entres os brasileiros, João Paulo Lemann, homem mais rico do Brasil, foi apontado por 40% dos futuros empreendedores. Fernando Henrique Cardoso, Abílio Diniz, João Doria Jr. e Edson Bueno também foram indicados.