Investida da Apple no meio empresarial se intensifica

Especialistas dizem que a empresa espera compensar uma desaceleração gradual no crescimento, salientada pela queda por três trimestres consecutivos das vendas de iPads, ao ampliar sua presença em locais de trabalho

Reuters

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Por Christina Farr e Bill Rigby

SAN FRANCISCO (Reuters) – A Apple está embarcando em sua investida mais agressiva até agora no terreno corporativo, contratando equipes de vendas dedicadas para conversar com clientes em potencial como o Citigroup e trabalhando em conjunto com diversos desenvolvedores, segundo duas fontes familiarizadas com os planos da companhia.

Especialistas dizem que a empresa espera compensar uma desaceleração gradual no crescimento, salientada pela queda por três trimestres consecutivos das vendas de iPads, ao ampliar sua presença em locais de trabalho.

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Três meses após revelar uma parceria com a IBM para desenvolver aplicativos para clientes corporativos e vendê-los em dispositivos, os planos da Apple de desafiar líderes do setor como a Hewlett-Packard, Dell [DI.UL], Oracle e SAP estão começando a tomar forma.

A criadora do iPhone tem trabalhado de maneira próxima a um grupo de startups, incluindo a ServiceMax e a PlanGrid, que já são especializadas em vender aplicativos no mercado corporativo dos Estados Unidos. As duas pessoas familiarizadas com os planos, mas que não podiam falar publicamente sobre eles, dizem que a Apple já está em conversas com outros desenvolvedores de aplicativos empresariais móveis para trazê-los para parcerias mais formais.

A Apple tem enviado equipes de vendas dedicadas para falar com vice-presidentes de informação das empresas. Ao menos uma companhia de serviços financeiros, o Citigroup, tem participado de conversas para fechar um contrato, disse uma das fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.

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A Apple pode estar tentando replicar o modelo que serviu bem o iPhone: conquistar o cliente com softwares e conteúdo, e então fazer com que continuem voltando pelo hardware, que é o que gera a maior parte do lucro da Apple.

“Faz sentido, mas o diabo está nos detalhes”, disse o analista John Rymer, da Forrester. “Os aplicativos precisam funcionar e ser econômicos. Eles podem criar soluções que são significativas o bastante para as pessoas e reduzir os custos em comparação ao que os clientes gastariam fazendo eles mesmos? Veremos”.

A Apple não quis comentar o assunto.