Intraempreendedorismo: você sabe o que isso significa?

O empreendedor corporativo sente e age como a se empresa fosse seu próprio negócio, por isso, vem sendo valorizado

Ana Paula Ribeiro

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SÃO PAULO – Você já ter ouvido falar que profissionais bem-sucedidos costumam ter qualidades como iniciativa, criatividade ou comprometimento. Cada vez mais, porém, as empresas têm valorizado uma característica que elas consideram essencial para se destacar em um mercado competitivo: o intraempreendedorismo.

Mas você sabe o que esse conceito significa? E, mais ainda, sabe como se tornar um empreendedor corporativo?

No ambiente em que o intraempreendorismo é adotado, o profissional é estimulado a se sentir e agir como se a empresa fosse seu próprio negócio, podendo criar novos projetos e orientá-los. Assim, de acordo com o vice-presidente executivo do Grupo Foco, Adriano Morais de Araújo, a empresa sai ganhando, já que seus funcionários trabalham com mais vontade, garra e energia, e ganham também os profissionais, que terão mais liberdade para apresentar ideias e soluções.

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Rebelde e inovador
O empreendedor corporativo, por sua vez, pode ser considerado um indivíduo “rebelde” na essência, que não se satisfaz com o mundo como é. “Os intraempreendedores visam a inovar e melhorar aquilo que já existe. Muitos acabam criando novas unidades de negócios”, explica o responsável pelo Centro de Empreendorismo do Ibmec, Marcelo Salim.

Além do espírito curioso e inquieto, o coordenador de graduação da Trevisan Escola de Negócios, professor Dalton Vieste, explica que, justamente por encarar a empresa como sua, e não como uma simples fonte de renda, este tipo de profissional sabe o que precisa ser feito, sem ter de ser mandado.

Também costuma estar um passo à frente. “As empresas precisam ter certo jogo de cintura para se adaptarem às inovações que o mercado exige, e esses profissionais buscam seu autodesenvolvimento e se antecipam às inovações”, afirma Vieste, completando que o empreendedor corporativo costuma ter consciência do todo. Por isso, vai além do seu “mundinho”, não ficando restrito à sua área ou às suas atividades.

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Como chegar lá
Embora o intraempreendedor seja cheio de qualidades, Vieste observa que se tornar um deles é mais simples do que parece. Antes de tudo, é preciso gostar daquilo que faz. Também é importante buscar sempre ter uma visão do todo, quer dizer, entender o que está fazendo e por que.

É como ensina a história de dois pedreiros que foram questionados sobre o que estavam fazendo. Um deles disse simplesmente que assentava tijolos, mas o outro respondeu que estava construindo uma catedral. Percebeu a diferença de percepção dos dois profissionais? E com qual deles você quer parecer, hein?

Outro ponto é acreditar naquilo que faz e não ter medo de fazer. Vieste afirma que muitos profissionais acham que é preciso ter um dom ou habilidade especial para certos tipos de atividade. Porém, diz ele, qualquer um pode ser o que quiser, desde que se esforce.

Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney