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SÃO PAULO – Com o advento da Internet, o jornal perdeu espaço como ferramenta para procura de emprego, segundo mostrou pesquisa do Grupo Catho. Em 1999, 11,65% dos profissionais entrevistados tiveram sucesso graças a anúncios de jornais e apenas 2,71%, com a internet. Oito anos depois, 15,20% foram contratados por causa da web e apenas 5,65% por intermédio de anúncios de jornais.
Para facilitar a busca, portais agregam vagas disponíveis no mercado e currículos de pessoas que procuram emprego. A Curriculum.com.br, empresa que atua no setor de recrutamento e recolocação on-line, por exemplo, lançou o Curriculum Busca, ferramenta que torna mais rápido o ato de procurar, como em um site de buscas.
Mas junto com toda esta facilidade, também surgem novos fraudadores. Por isso, quem pretende aderir à comodidade deve prestar bastante atenção. Veja abaixo algumas dicas!
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Segurança com dados pessoais
Na busca por uma colocação, no momento de formular o currículo, muitos profissionais acabam disponibilizando diversas informações pessoais. Mas a prática pode não ser segura.
De acordo com o presidente do Grupo Catho, Adriano Arruda, o candidato deve evitar este tipo de informação, que é totalmente dispensável na hora da seleção. Além disso, ela pode cair na mão de fraudadores.
Pagar ou não?
Indicação de amigos e familiares e possibilidades em jornais e no networking devem ser as primeiras ferramentas de busca por uma vaga para quem está sem emprego, e sem muito dinheiro disponível.
Se as respostas demorarem a aparecer, aí sim o profissional deve pensar em colocar a “mão no bolso”. “Segundo pesquisas, o tempo que o profissional demora para se recolocar é de três meses, em média. Se não teve respostas e retorno depois deste tempo, ele pode pensar em fazer uma pesquisa de sites para pagar para cadastrar o currículo”, disse a consutora de Desenvolvimento Organizacional da Caliper, Luciana Merlin da Cunha Zonta.
Mas cuidado com valores. Algumas empresas pedem porcentagens sobre os primeiros salários, o que é uma “furada”, segundo a consultora. “Outras chegam a exigir o salário inteiro”.
Convite para a entrevista
Muitas empresas convidam o candidato para entrevista e acabam fazendo com que ele apenas perca tempo, porque não pretendem contratá-lo.
De acordo com o Arruda, estas companhias chamam as pessoas para entrevistas, mas a intenção é vender produtos ou cobrar para realização de testes. “Estas empresas pegam o telefone de pessoas que estão em busca de emprego em currículos na internet e ligam para convidar para entrevista. Quando chegam lá, é outra coisa”, disse.
Medidas de segurança
Para que os dados pessoais não sejam vistos por todos que entram no site, a Curriculum.com.br somente disponibiliza nome, se possui superior completo, bairro e a idade do candidato no Curriculum Busca.
“Somente as empresas previamente cadastradas e autorizadas têm acesso aos dados pessoais dos candidatos”, afirmou Juliana Gonçalves Silva, da Central de Relacionamento da Curriculum.com.br.
Ela disse que o portal não faz contato para entrevistas, mas que recebe denúncias de empresas mal intencionadas. “Nós temos um sistema que identifica a empresa que visualizou o currículo do candidato que denunciou e verificamos qual foi o problema. Se foi da companhia, ela é excluída do cadastro”.
No portal, são gratuitos os serviços de procurar por vagas, cadastrar e enviar currículos.