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SÃO PAULO – No mundo dos desempregados brasileiros, os jovens com idade entre 15 e 29 anos representavam 61,4% do total no ano passado. A proporção é um tanto alta, mas representa uma queda em relação a 2006, de acordo com análise do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), realizada com base na Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio).
A população jovem de 18 a 24 anos é a que mais está presente entre os desempregados, com participação de 35,6%. Porém, foi a que mais perdeu em representatividade em um ano, uma vez que era 38,4% em 2007. Já as pessoas com idade entre 15 e 17 anos passaram de 9,6% para 9,4% na análise. A população de 25 a 29 anos foi a única, dentre os jovens, que registrou aumento entre os desempregados: de 15,8% em 2006 para 16,3% em 2007.
Os dados revelam que existem no Brasil cerca de 50,2 milhões de jovens, sendo que 4,6 milhões deles estavam desempregados em 2007.
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Situação melhor
O Ipea conclui, na análise dos dados, que as condições de vida dos jovens têm melhorado, principalmente por causa da formalização do trabalho e do aumento no nível de escolaridade.
De acordo com os dados, houve um aumento do número de jovens adolescentes que estão postergando sua entrada no mercado de trabalho, situação considerada favorável, pois permite que o jovem conclua o ensino médio. “Ter a chance de finalizar o ensino médio, de se preparar para ingressar no mundo laboral e na vida cidadã é o desejável em termos de socialização”, diz a pesquisa.
Veja abaixo a condição do jovem brasileiro de 18 a 24 anos no mercado de trabalho em 2006 e em 2007:
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Situação | 2006 | 2007 |
Empregado com carteira de trabalho assinada | 40,7% | 43,9% |
Empregado sem carteira de trabalho assinada | 29,5% | 27,9% |
Trabalhador doméstico (com ou sem carteira assinada) | 6,5% | 5,9% |
Conta própria | 9,8% | 9,6% |
Empregador | 1,0% | 0,8% |
Trabalhador na produção para o próprio consumo e uso | 2,3% | 2,4% |
Não-remunerado | 7,6% | 7,0% |
Fonte: Ipea
Renda
No que diz respeito à renda, os dados mostram que 30,4% dos jovens na faixa etária de 15 a 29 anos poderiam ser considerados pobres porque viviam, em 2007, em famílias com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo.
Outros 53,8% pertenciam ao extrato intermediário (entre meio e dois salários mínimos per capita) e 15,8% viviam em famílias com renda superior a dois salários mínimos per capita.