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SÃO PAULO – Segundo o Conade (Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência Física), a inclusão de deficientes no mercado de trabalho esbarra em alguns obstáculos, como o preconceito dos colegas, a necessária adaptação dos ambientes de trabalho, como instalação de rampas e alargamento de portas, e a dificuldade de comunicação com pessoas cegas e surdas.
Para diminuir esses obstáculos e intermediar a busca por vagas, existem programas, como o Inclusão Eficiente, da Secretaria Municipal do Trabalho de São Paulo, em parceria com a Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. No mês de dezembro, a iniciativa alcançou uma marca significativa: incluiu mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Como funciona o programa
Para participar do programa, é preciso realizar cadastro, permitido apenas para pessoas com 16 anos completos e com laudo médico contendo o Código Internacional de Doenças (CID). O endereço eletrônico para realização da inscrição do programa é www4.prefeitura.sp.gov.br/cpsi.
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A Lei de Inclusão Social, aprovada em 2004, obriga as empresas com mais de cem funcionários a ocupar de 2% a 5% das vagas com deficientes, sob pena de multa. A proporção deve ser a seguinte: de 2%, para companhias com até 200 empregados; de 3%, para aquelas com 201 a 500 funcionários; de 4%, para empresas que possuem de 501 a 1.000 colaboradores; e de 5%, para empreendimentos com 1.001 trabalhadores em diante.
Nacionalmente, no primeiro trimestre de 2007, o MTE registrou 4.151 deficientes inseridos no mercado de trabalho. “Hoje, nós não trabalhamos com a noção de inserção, ou seja, levar os deficientes para dentro das empresas. Nós queremos também que elas tenham estabelecimentos inclusivos, que sejam capazes de receber qualquer pessoa para a prestação de serviços”, disse o procurador Regional do Trabalho, José Cláudio Monteiro de Brito Filho.
Dentro da empresa
A companhia deve estar preparada para a chegada do deficiente, principalmente no que diz respeito ao treinamento dos funcionários.
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“A primeira reação dos colegas de trabalho quando se deparam com um deficiente geralmente é medo. Não sabem como agir e se vão ofender ou não. Porém, após a convivência, a admiração toma o lugar do medo, por verem o profissional vencendo obstáculos e mostrando eficiência, apesar de suas limitações, mentais ou físicas”, disse Andrea Goldschmidt, professora da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e sócia da Apoena Social.
O ambiente de trabalho que receberá o deficiente deve ser preparado seguindo as etapas abaixo, de acordo com a Apoena Social:
- Sensibilização: com palestras e workshops vivenciais, para tornar o ambiente mais aberto;
- Mapeamento de cargos: avaliação dos cargos disponíveis e quais os profissionais com deficiências que podem se adaptar a eles;
- Mapeamento da acessibilidade: avaliação dos postos de trabalho, para checar se a mobilidade e a segurança dos deficientes estarão garantidas naquele local de trabalho ou se há a possibilidade de adaptação;
- Acompanhamento: reuniões periódicas com o RH, para avaliação da evolução dos deficientes no ambiente de trabalho, gerenciamento de crises e aconselhamento.