Ingresso de deficientes no mercado de trabalho é difícil; programa promove inclusão

Programa Inclusão Eficiente tem o objetivo de diminuir obstáculos e intermediar a busca por vagas; mil postos já foram ocupados

Flávia Furlan Nunes

Publicidade

SÃO PAULO – Segundo o Conade (Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência Física), a inclusão de deficientes no mercado de trabalho esbarra em alguns obstáculos, como o preconceito dos colegas, a necessária adaptação dos ambientes de trabalho, como instalação de rampas e alargamento de portas, e a dificuldade de comunicação com pessoas cegas e surdas.

Para diminuir esses obstáculos e intermediar a busca por vagas, existem programas, como o Inclusão Eficiente, da Secretaria Municipal do Trabalho de São Paulo, em parceria com a Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. No mês de dezembro, a iniciativa alcançou uma marca significativa: incluiu mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Como funciona o programa

Para participar do programa, é preciso realizar cadastro, permitido apenas para pessoas com 16 anos completos e com laudo médico contendo o Código Internacional de Doenças (CID). O endereço eletrônico para realização da inscrição do programa é www4.prefeitura.sp.gov.br/cpsi.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A Lei de Inclusão Social, aprovada em 2004, obriga as empresas com mais de cem funcionários a ocupar de 2% a 5% das vagas com deficientes, sob pena de multa. A proporção deve ser a seguinte: de 2%, para companhias com até 200 empregados; de 3%, para aquelas com 201 a 500 funcionários; de 4%, para empresas que possuem de 501 a 1.000 colaboradores; e de 5%, para empreendimentos com 1.001 trabalhadores em diante.

Nacionalmente, no primeiro trimestre de 2007, o MTE registrou 4.151 deficientes inseridos no mercado de trabalho. “Hoje, nós não trabalhamos com a noção de inserção, ou seja, levar os deficientes para dentro das empresas. Nós queremos também que elas tenham estabelecimentos inclusivos, que sejam capazes de receber qualquer pessoa para a prestação de serviços”, disse o procurador Regional do Trabalho, José Cláudio Monteiro de Brito Filho.

Dentro da empresa

A companhia deve estar preparada para a chegada do deficiente, principalmente no que diz respeito ao treinamento dos funcionários.

Continua depois da publicidade

“A primeira reação dos colegas de trabalho quando se deparam com um deficiente geralmente é medo. Não sabem como agir e se vão ofender ou não. Porém, após a convivência, a admiração toma o lugar do medo, por verem o profissional vencendo obstáculos e mostrando eficiência, apesar de suas limitações, mentais ou físicas”, disse Andrea Goldschmidt, professora da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e sócia da Apoena Social.

O ambiente de trabalho que receberá o deficiente deve ser preparado seguindo as etapas abaixo, de acordo com a Apoena Social: