Informalidade tem limite e inclusive pode limitar crescimento profissional

De acordo com especialista, por mais tempo que esteja na mesma empresa, profissional não pode esquecer que não está em casa

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Depois de trabalhar muito tempo na mesma empresa e com os mesmos colegas, alguns profissionais acabam se confundindo, adotando uma postura muito mais coerente com o ambiente familiar do que com o profissional. Embora se sentir à vontade na empresa em que atua facilita o desenvolvimento de algumas atividades, a informalidade tem seus limites.

De acordo com a especialista em soluções de RH da De Bernt Entschev Human Capital, Renata Perrone, quando os profissionais atuam muito tempo na mesma empresa, eventualmente acabam tendo atitudes informais demais. Essas atitudes acabam transparecendo em brincadeiras, palavrões, piadas, apelidos e roupas, por exemplo.

A questão é que, mesmo que o profissional esteja adaptado ao ambiente e acostumado com ele, não deve se esquecer de que o ambiente profissional deve sempre ser tratado como tal. Mas como não escorregar? Renata faz duas sugestões: observação e bom senso.

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Observação e bom senso
Em primeiro lugar, o profissional deve sempre observar como os demais membros da equipe agem, sobretudo, o chefe. “O chefe normalmente já foi orientado para ser o modelo”, diz Renata. Mas vale uma ressaltava: os chefes nem sempre têm a postura mais adequada, ou seja, não agem de acordo com a posição.

Por isso, o bom senso é importante. Se o chefe falar muito palavrão, por exemplo, sua posição não justifica tal comportamento nem deve ser seguida. Além de observar o chefe, é importante analisar o ambiente e as demais pessoas. Em uma agência de publicidade, o clima descontraído será natural, ao passo que, em uma empresa de consultoria, exige-se um comportamento mais sério.

Em relação aos demais membros da equipe, a situação é ainda mais delicada. Os profissionais não são iguais, e, portanto, nem todos vão aceitar as brincadeiras, apelidos e piadas da mesma forma. Aqui, novamente, vale a mesma dica: observe. “Repare no ambiente. Tem gente que se ofende, enquanto outros adoram. Tem pessoas com que você pode brincar e têm outras que não”, explica Renata.

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No caso das roupas, “o casual day, por exemplo, não significa que você pode usar decote ou ir com a camiseta da sua banda favorita”, diz Renata. É mais um momento de usar uma calça jeans, em vez da calça social, sugere.

Os brincalhões
Se por um lado ser uma pessoa brincalhona ajuda a descontrair o estresse do dia a dia, por outro, essa característica também pode atrapalhar bastante o desenvolvimento da carreira. De acordo com a especialista, quando os profissionais ganham a fama de brincalhões – de que não são sérios quando a situação exige –, isso pode limitar seu crescimento.

“Já ouvi profissionais, considerados como bons trabalhadores, deixarem de ser promovidos, pois eram conhecidos como brincalhões”, lembra Renata. Mesmo que a equipe incentive tal comportamento, isso não quer dizer que esta é uma atitude positiva para a carreira.