Indústria de SP demite 18,5 mil em setembro e saldo do ano chega a 138 mil cortes

Pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2006, todos os 26 setores avaliados registraram baixa em seu quadro de funcionários no acumulado do ano

Estadão Conteúdo

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A indústria paulista demitiu 18,5 mil trabalhadores em setembro (-0,94% ante agosto, com ajuste sazonal) e acumula saldo negativo de 138 mil cortes nos nove primeiros meses de 2015, informou nesta sexta-feira, 16, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O resultado no acumulado do ano já supera o de todo o ano de 2014, quando os cortes somaram 128 mil. Na comparação com setembro de 2014, são 229 mil vagas a menos, uma queda de 8,77%.

Pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2006, todos os 26 setores avaliados registraram baixa em seu quadro de funcionários no acumulado do ano. Na passagem de agosto para setembro, 19 setores eliminaram vagas, dois informaram contratações e apenas um permaneceu estável, o de bebidas.

Entre os que demitiram, a indústria de produtos de borracha e de material plástico foi principal, com 2.598 demissões, seguida pela de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com o fechamento de 2.033 vagas. No período, a indústria de açúcar e etanol foi responsável por 1.368 demissões em setembro, embora no acumulado do ano o saldo ainda esteja positivo em 12.371. Apenas as indústrias de produtos químicos e farmacêuticos criaram vagas, 321 e 195, respectivamente.

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“Há muito mau humor. Enquanto o fim do poço não chegar, é agonia. E estamos na agonia ainda”, estima Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, responsável pelo levantamento. De acordo com o diretor, 2015 será o pior ano da série histórica da pesquisa.

O Depecon sonda o emprego em 36 regiões paulistas. Em setembro, 30 tiveram demissões, duas contrataram e quatro se mantiveram estáveis. A região de São João da Boa Vista o foi destaque entre as perdas de emprego, com variação negativa de 2,87%, seguida por Bauru (-2,79%) e por Jaú (-2%). Já entre os ganhos, destaque para a região de Matão (0,60%) e Presidente Prudente (0,39%).