Índice de desemprego é maior em cidades com maior número de negros e pardos

Em 2008, Belo Horizonte e Porto Alegre apresentavam as taxas de desemprego mais baixas, de 7% e 6,8%, revela estudo da FGV

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – No Brasil, o índice de desemprego é maior nas cidades que têm grande número de negros e pardos, segundo revela um levantamento realizado pelos economistas do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), Fernando de Holanda Barbosa Filho e Samuel de Abreu Pessôa.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores avaliaram as taxas de desemprego, de 2008 e 2009, de seis regiões metropolitanas brasileiras: Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e São Paulo.

Análise por cidade
Em 2008, Belo Horizonte e Porto Alegre apresentavam as taxas de desemprego mais baixas, de 7% e 6,8%, respectivamente. Em 2009, as taxas eram de 9% e 7,6%, nesta ordem.

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Em São Paulo, em 2008, o indicador era de 9%, enquanto em 2009, era de 11%. Já no Rio de Janeiro, a taxa é de 9,9% e 9%, nos dois anos. Em 2008 e 2009, as cidades com taxas de desemprego mais elevadas eram Recife e Salvador, com 15,2% (15,9%) e 14,2% (14,2%), respectivamente. Conforme a tabela abaixo:

Taxa de desemprego nas ciades brasileiras
Região Metropolitana

Taxa de Desemprego

2008

Taxa de Desemprego

2009

Belo Horizonte 7% 9%
Porto Alegre 6,8% 7,6%
Rio de Janeiro 9,9% 9,4%
Recife  15,2% 15,9%
Salvador 14,2% 14,2%
São Paulo 9% 11,1%

De acordo com a pesquisa, os dados mais recentes da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) – de 2009 – apontam que, na Bahia, 30% da PEA (População Economicamente Ativa) é formada por negros e 53% por pardos. No Rio Grande do Sul, os brancos são 80%, 7% são negros e 10,8% são pardos.

“Esta situação deverá permanecer, visto que é uma variável com inércia gigantesca. Fatores como raça e gênero mudam muito pouco no Brasil, mesmo considerando a migração interna”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho.