Importante para profissional, networking interno é deixado de lado no trabalho

"É imprescindível alimentar networking no trabalho, sob a pena de perder a posição para alguém de fora", diz consultora

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – O profissional que pensa que networking deve ser feito apenas com pessoas de fora de empresa, quando se está em busca de uma nova posição no mercado de trabalho, está totalmente equivocado. Criar e manter uma rede de contatos dentro da empresa em que se trabalha também é fundamental para ter sucesso profissional.

“O chamado networking interno é corriqueiramente esquecido pelos executivos. Eles fazem contatos com seus pares em outras empresas, participam de palestras, estudos e análises sobre seus mercados, mas esquecem de se relacionar nas próprias companhias em que atuam”, afirmou a consultora da DBM, Carmelina Nickel.

“É um erro, é imprescindível alimentar o networking também no ambiente de trabalho, sob a pena de perder a posição para alguém de fora, apenas porque o cliente interno não o conhecia”, exemplificou a especialista.

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O que não fazer?

Antes de pensar em fazer um networking interno, o profissional deve tomar alguns cuidados. O primeiro deles é não “forçar a barra”. Quando se faz uma rede de contatos somente para tirar vantagens da pessoa, isso pode ser notado, o que prejudica a imagem do profissional.

“Tem que fazer de coração. É um processo de duas vias. Se fizer pensando na vantagem, começa a dar errado”. Ele também precisa ser feito de forma natural, e não “forçando a amizade”, porque as pessoas notam quando é um comportamento artificial. “Tem que aproveitar o seu jeito de ser”, indicou a consultora.

Para quem está chegando

Para estas pessoas, Carmelina dá a seguinte dica: “muita observação, muito ouvido e pouca boca”. Porque, num primeiro momento, é interessante entender os valores da empresa, sua cultura, para poder lidar melhor com as pessoas que ali estão.

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“A construção de uma rede de relacionamento não acontece do dia para a noite. Ela deve pautar-se de reciprocidade. O networking deve ser positivo para todos os envolvidos”, explicou a consultora. Para quem não sabe por onde começar, ela indica que desde atividades culturais até esportivas podem ser excelentes momentos para testar e ampliar a rede de contatos.

Fusões e aquisições

De acordo com Carmelina, a importância do networking interno cresce à medida que evoluem os números de fusões, aquisições e reestruturação, que são cada vez mais freqüentes, dados os novos contextos de diversos segmentos econômicos, principalmente no cenário de crise.

“Nestes momentos, ser conhecido internamente é fundamental. Não estamos falando de proteção ou de bairrismo, mas sim da importância de ter uma rede interna ativa para que a empresa não corra o risco de, num momento estratégico como este, perder um executivo competente, apenas porque ele não é conhecido por seus pares na mesma organização”.