IBGE: nível de escolaridade do trabalhador cresce nos últimos oito anos

Segundo levantamento do instituto, total de pessoas com 11 anos ou mais de estudo aumentou 10 pontos percentuais desde 2003

Tércio Saccol

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SÃO PAULO – O total de pessoas com 11 anos ou mais de estudo aumentou mais de 10 pontos percentuais nos últimos oito anos entre a população ocupada no país, segundo levantamento apresentado nesta quinta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados de seis regiões metropolitanas do país apontam que, entre os trabalhadores, este grupo – com 11 ou mais anos de estudo – já totaliza 59,2%. Na região de Salvador, esse grupo aumentou de 48,3% para 60% em oito anos. 

Segundo a análise retrospectiva do instituto, enquanto o total de pessoas sem instrução ou com menos de oito anos de estudos caiu 9,8% nos últimos oito anos, a população com tempo de estudo entre 8 e 10 anos aumentou 4,9%. Na região metropolitana de Recife, esse aumento foi superior a 16%.

Ocupação
A população ocupada no total das regiões pesquisadas foi estimada em 22 milhões, o que equivale a 53,2% das pessoas com 10 anos ou mais de idade nas seis regiões. Em 2003, esse índice era inferior, de 50%. Destaque para as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre, que têm nível de ocupação superior a 54%.

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O percentual de trabalhadores com carteira assinada também alcançou indicadores históricos, batendo a marca de 46,3% em 2010, bem acima dos 39,7% registrados há oito anos. Consequentemente, o número de pessoas que contribuíam para previdência passou de 61,2% há oito anos para 68,4% em 2010.

Gênero e idade
A participação das mulheres também atingiu indicadores superiores em 2010. Elas representaram 45,3% da população ocupada em 2010, enquanto em 2003 eram 43%. Na região metropolitana de Salvador, a força feminina de trabalho representa 47,3% da população ocupada. No Rio de Janeiro, elas somam 44,3%. Apesar de serem maioria na população total e de crescerem gradualmente entre o percentual de ocupados, as mulheres ainda têm rendimento inferior ao dos homens. Elas recebem em média R$ 1.232,11, contra a média de R$ 1.703,39 do gênero masculino.

Entre as pessoas ocupadas nas seis regiões, mais de 62,5% estão na faixa etária entre 25 e 49 anos, seguidos de 21,5% de ocupados com 50 anos ou mais. Na faixa entre 18 e 24 anos, está 14,4% da população ocupada. Enquanto a região metropolitana de Belo Horizonte tem mais de 18,5% de seus ocupados abaixo de 24 anos, no Rio de Janeiro eles representam 12,7%. Os fluminenses têm, no entanto, o maior índice de população ocupada com 50 anos ou mais – 25,2%.