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SÃO PAULO – O valor real da folha de pagamento recuou 2% em março, na comparação com o mês anterior, já descontando os efeitos sazonais. Na comparação com o terceiro mês de 2005, houve uma queda de 0,8%. Já no resultado trimestral, no entanto, houve um ganho de 0,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e um avanço de 4,8% na comparação com o último trimestre do ano passado.
Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada nesta segunda-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O IBGE considera em sua pesquisa mensal o valor total da folha de pagamento do pessoal ocupado assalariado para o mês de referência. Neste cálculo estão incluídos, entre outros: salários contratuais, horas extras, 13º salário, aviso prévio e indenizações, comissões e percentagens e participação nos lucros.
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Análise setorial
Considerando os valores pagos pela indústria, o IBGE constata retração na remuneração de 11 das 18 atividades analisadas em março, em relação ao mesmo mês de 2005.
As pressões negativas ficaram com indústrias extrativas (-26%), madeira (-15,8%), calçados e artigos de couro (-15,7%) e máquinas e equipamentos (-11,7%). Por outro lado, os destaques positivos vieram de máquinas e aparelhos de eletroeletrônicos e comunicações (14,6%), produtos químicos (12%) e meios de transporte (8,1%).
Análise regional
Em termos regionais, nove das 14 regiões analisadas demonstraram taxas negativas, na comparação com março do ano passado. A maior contribuição de impacto negativo veio do Rio Grande do Sul (-10,2%), influenciado pelo setor de calçados e artigos de couro (-26,7%).
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Paraná (-9%), Minas Gerais (-5,7%) e Região Nordeste (-4,8%) vieram em seguida, embora com menor impacto.