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SÃO PAULO – O valor real da folha de pagamento da indústria brasileira recuou 0,8% em novembro na comparação a outubro, já descontando os efeitos sazonais, denotando a terceira queda seguida do indicador. Apesar do resultado negativo, a redução é menos acentuada que a registrada um mês antes, já que de setembro para outubro a variação havia sido negativa em 1,6%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada nesta terça-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação a novembro de 2004, a queda é mais intensa, de 2,2%. Já no acumulado do ano e no acumulado dos últimos doze meses os resultados são positivos: 3,7% e 4,4%, respectivamente, diante de igual período do ano anterior.
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Análise por setor e região
Considerando os valores pagos pela indústria, o IBGE constata evolução em dez das 18 atividades analisadas em novembro, diante do mesmo mês do ano passado, com destaques para alimentos e bebidas (13,6%), produtos químicos (3,7%) e metalurgia básica (5,7%). As principais pressões negativas vieram dos setores de borracha e plástico (-6,4%), calçados e artigos de couro (-11,3%) e madeira (-10,8%).
Em termos regionais, a maior contribuição positiva, também levando em conta a base comparativa anual, veio de São Paulo (1,8%). Minas Gerais (5,4%) e Rio de Janeiro (5,8%) também integram a lista.
O destaque negativo ficou com o Rio Grande do Sul (-2%). Dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, dez apresentaram ampliação da folha de pagamento, um a menos que em outubro.
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Vale dizer que o IBGE considera em sua pesquisa mensal o valor total da folha de pagamento do pessoal ocupado assalariado para o mês de referência. Neste cálculo estão incluídos, entre outros: salários contratuais, horas extras, 13º salário, aviso prévio e indenizações, comissões e percentagens e participação nos lucros.