IBGE: em curso profissional, problema financeiro é principal causa de abandono

Segundo dados, 53,1% das pessoas pagam por curso e 25,5% delas abandonam porque não podem pagar

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que a maioria das pessoas que frequentaram a educação profissional em 2007 estava em rede privada e que problemas financeiros foram a principal causa de abandono do curso.

De acordo com os dados, divulgados nesta sexta-feira (22), as instituições de ensino vinculadas ao Sistema S (Sebrae, Senac, Sesi, Senai e outros) atendiam 20,6% das pessoas que frequentavam algum curso de educação profissional, percentual inferior ao das instituições particulares de ensino, com 53,1%, e ao de instituições públicas de ensino, com 22,4%.

Em números absolutos, é possível dizer que as instituições privadas respondiam pela profissionalização de 18,9 milhões de pessoas, ante 8 milhões nas instituições públicas e 7,4 milhões no Sistema S.

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Abandono

Um contingente de 2,4 milhões de pessoas frequentaram, mas não concluíram o curso de qualificação profissional (10,2% do total que frequentou). Dessas, 25,5% apontaram o problema financeiro como o principal motivo para o abandono do curso, justificativa mais presente no Sudeste (29,4%).

A insatisfação aparece na segunda posição, dentre os motivos para abandono do curso, com 18,7% de indicação, seguida pela incapacidade de acompanhar o curso (10,1%), o local do curso (7,4%), problemas familiares (7%), problemas de saúde (4,1%) e conteúdo do curso incompatível com o que é exigido pelo mercado de trabalho (1,3%).

Pesquisa

Dentre as 6 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade que frequentavam, em 2007, algum curso de educação profissional, 80,9% estavam no segmento da qualificação profissional e 17,6%, em cursos técnicos de Ensino Médio.

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Os dados são do estudo “Aspectos Complementares da Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional”, suplemento da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), realizado pelo IBGE e o Ministério da Educação.