IBGE: diferença entre a renda de ricos e pobres caiu nos últimos 10 anos

Rendimento dos 10% mais ricos passou a ser 15,8 vezes maior que o rendimento dos 40% mais pobres em 2005

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As desigualdades sociais no Brasil parecem estar diminuindo. Enquanto o rendimento dos 10% mais ricos era 21,2 vezes maior que o rendimento dos 40% mais pobres em 1995, em 2005, essa relação passou para 15,8 vezes.

De acordo com a “Síntese dos Indicadores Sociais 2006”, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (20), a região em que a desigualdade no mercado de trabalho mais se reduziu no período foi o Sul.

Entre os estados, a maior redução, de 8,8 pontos, ocorreu em Alagoas. Por outro lado, o Piauí teve um aumento de 8,5 pontos na relação de desigualdade entre os rendimentos médios dos 10% mais ricos e 40% mais pobres.

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Queda de 12,7% no rendimento geral

Considerando o rendimento médio da população ocupada entre 1995 e 2005, percebe-se uma queda de 12,7%. Entretanto, entre 2004 e 2005, a renda média dos brasileiros cresceu 4,6%.

Além disso, houve aumentos para as categorias mais marginalizadas: o rendimento médio dos empregados sem carteira assinada sofreu um aumento de 5,1%, passando de R$ 466,40 para R$ 490,20, e o dos trabalhadores domésticos subiu 12,1%, de R$ 358,10 para R$ 401,80.

Percentual de pessoas com renda de meio mínimo caiu

Segundo o estudo, a porcentagem de domicílios urbanos com meio salário mínimo de rendimento médio mensal por pessoa caiu, de 21,1% em 1995 para 20,7% em 2005. Porém, em 2004, o resultado havia sido de 19,4%.

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No Nordeste, este percentual baixou de 41,7% para 39,7% no período analisado, com destaque para o Maranhão (de 53,3% para 46,9%) e para Alagoas e Recife, que apresentaram crescimento no indicador, de 45% para 46,1% e de 31,8% para 34,2%, respectivamente.

Nas demais regiões, o percentual de domicílios urbanos com renda mensal per capita de meio mínimo em 2005 foi de 12,5% no Sul, 13,7% no Sudeste e 31,8% no Norte.

Emprego formal cresceu no período

Ainda segundo o levantamento, a participação do emprego com carteira assinada aumentou em 3,2 pontos percentuais nos últimos dez anos, enquanto o percentual do trabalho não remunerado caiu 3,6 p.p. entre a população ocupada.

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Entre as mulheres, esses resultados foram mais significativos: aumento de 3,7 pontos no emprego formal e redução de 4 p.p. no trabalho não remunerado. Por região, verifica-se que os maiores aumentos do emprego com carteira ocorreram em Goiás (9,4 p.p.) e na região metropolitana de Porto Alegre (7,6 p.p.).

Trabalho infantil diminuiu

Assim como o trabalho não-remunerado, o emprego de crianças vem se reduzindo progressivamente nos últimos anos. Para o grupo etário de 10 a 17 anos, a taxa de atividade caiu de 31,5% em 1995 para 23%, em 2005.

Apesar disso, o IBGE aponta que, em 2005, 5,4 milhões de pessoas de 5 a 17 anos trabalhavam no Brasil, sendo que 53,9% delas tinham menos de 16 anos. Além disso, 76% das crianças de 10 a 17 anos ocupadas haviam começado a trabalhar com menos de 15 anos de idade.