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SÃO PAULO – O IBGE admitiu um erro grave na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), nesta sexta-feira (19). A pesquisa havia apontado dados muito negativos para o governo, como o aumento da desigualdade.
De acordo com o instituto, haviam problemas em sete estados: Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Concentrando boa parte da população brasileira, o erro provavelmente tira a credibilidade de toda a pesquisa.
A pesquisa tinha sido usada como prova por candidatos da oposição de que a política do governo atual não tem mais funcionado. Contudo, o IBGE voltou atrás e mudou o índice de Gini para baixo, mostrando que a desigualdade na verdade caiu durante o período da pesquisa.
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Não foi ingerência, diz ex-presidente
O economista Sérgio Besserman, que presidiu o IBGE durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso que não acredita que a divulgação de dados alterados pelo instituto tenha ocorrido por “ingerência política”, disse o Estadão.
“Como não tenho os detalhes, não tenho comentário técnico a fazer. Mantenho minha confiança no instituto. Se houve erro, é lamentável. Mas é um erro. Por tudo o que conheço do IBGE, descarto a possibilidade de ingerência política”, afirmou Besserman ao Estadão.