IBGE: 51,6% das empresas de alto crescimento eram de pequeno porte em 2008

o Sudeste é o que tem maior número de empresas de alto crescimento, com 53,6%, seguido pelo Sul, com 19,6%

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Um levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgado nesta quarta-feira (31) revelou que, em 2008, 51,6% das empresas consideradas de alto crescimento eram de pequeno porte (de 10 a 49 pessoas ocupadas).

Outras 39% eram médias (de 50 a 249 pessoas) e apenas 9,3% eram grandes (250 ou mais pessoas).

De acordo com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), para ser considerada uma empresa de alto crescimento (EAC), é necessário ter 10 ou mais pessoas ocupadas no ano inicial de observação e apresentar crescimento médio do pessoal ocupado assalariado maior do que 20% ou mais ao ano, por um período de três anos.

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Setores
Na análise entre os setores, o estudo aponta que é possível identificar empresas de alto crescimento em todos os segmentos. Na análise intrassetorial (que compara as EAC com o total de empresas por cada setor), a construção civil aparece como a principal atividade, com 2,9% de empresas de alto crescimento, seguida da indústria (2,1%), serviços (0,7%) e comércio (0,4%).

Já na análise intersetorial, que compara as EAC de cada grupo com o total das empresas de alto crescimento,, os setores em destaque são as indústrias de transformação, com 27,4%, e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 26,4%.

Por região
Ao comparar as regiões, nota-se que o Sudeste é o que tem maior número de empresas de alto crescimento, com 53,6%, seguido pelo Sul, com 19,6%, e pelo Nordeste (14,8%).

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O Sudeste lidera também na proporção de pessoal ocupado assalariado nas empresas de alto crescimento do Brasil, com 56,1%. Já em termos de pessoas ocupadas assalariadas por região, o Norte se destaca, com 19,9% dos empregados assalariados em empresas de alto crescimento, seguido pelo Nordeste, com 18,4%. Por outro lado, a região Sul apresenta uma proporção de assalariados bem abaixo das demais regiões do país, com 14,4% nas EAC.

Diferenças
O estudo revelou ainda a diferença entre a média de valor adicionado das empresas de caráter empreendedor e das outras empresas. Nas atividades em geral, o valor adicionado médio das empresas de alto crescimento é 16,2 vezes maior que o do total das empresas. Das 71 atividades estudadas, 67 têm valor adicionado das EAC maior que a média do setor, e apenas 4 têm a proporção invertida.

Além do valor adicionado, o salário médio pago entre as empresas de alto crescimento e as outros também apresentaram diferença. Em 2008, o salário médio do universo de todas as empresas foi de R$ 16.102. Já o salário médio das empresas de alto crescimento foi de R$ 15.540. Isso é explicado porque as empresas menores pagam salários mais baixos e, no caso das EAC, a maioria se encontra em faixas de 10 a 249 pessoas ocupadas assalariadas.