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SÃO PAULO – O setor industrial registrou uma forte redução no número de horas pagas em janeiro deste ano, tomando-se como comparação igual período do ano anterior. De acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal do Emprego e Salário Industrial do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nessa terça-feira, o destaque negativo ficou para os setores de vestuário e têxtil.
Queda em janeiro e no acumulado de 12 meses
Em janeiro, o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria ficou estável em relação a dezembro, já descontado o componente sazonal, após a queda de 0,7% no mês de dezembro em comparação com novembro. Na comparação com janeiro de 2003, o número de horas pagas registrou queda de 1,8%, segundo os dados do IBGE.
Foi registrado também uma queda de 1,0% no índice acumulado nos últimos 12 meses até janeiro, ligeiramente abaixo da queda de 0,8% em dezembro. As elevadas taxas de juros vigentes no ano passado contribuíram para que a demanda interna se retraísse, prejudicando os trabalhadores que atuam no mercado interno. A queda de 1,0% no acumulado dos últimos 12 meses é a décima baixa consecutiva desse indicador no ano de 2003.
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Vestuário foi o mais prejudicado
Para o resultado geral, comparando janeiro de 2004 com janeiro anterior, contribuíram negativamente metade nos 18 setores industriais, além de 11 dos 14 locais pesquisados. Regionalmente, os maiores impactos foram observados em São Paulo (-2,8%), Rio de Janeiro (-4,3%) e Rio Grande do Sul (-6,0%). Em contrapartida, a maior contribuição positiva foi proporcionada por Minas Gerais (2,6%).
No âmbito setorial, as maiores pressões negativas foram dadas por vestuário (-12,4%), papel e gráfica (-6,6%) e têxtil (-7,8%). Por outro lado, alimentos e bebidas (1,8%) e metalurgia básica (9,6%) foram as maiores contribuições positivas para o conjunto geral.