Hora extra virou rotina? Saiba como colocar limite na situação!

De acordo com consultora de RH, a melhor solução é o profissional conversar com chefe direto e estabelecer prazos

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Muitos funcionários, impulsionados pelos chefes, fazem hora extra. Mesmo cansados, se sentem obrigados, para garantir o emprego. Quando acontece algumas vezes, ficar até mais tarde na empresa é até compreensível, mas se vira rotina, o funcionário deve colocar limites. De que maneira?

De acordo com a consultora de RH (Recursos Humanos) da Catho Online, Camila Mariano, o emprego não deve estar em jogo, quando a pessoa não cumpre hora extra, porque o correto é que seja ela cobrada por resultados e não pelo período de trabalho. “Eu sugiro sempre que converse com o chefe direto para tentar reduzir as horas extras. Estabeleça prioridades e prazo de entrega”.

Uma atitude que não deve ser tomada é começar a entrar mais tarde, porque está saindo mais tarde. “A não ser que o fato seja acordado com a empresa. Não estabeleça regras sozinho”.

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Empresas

Segundo Camila, se, no passado, fazer hora extra era exemplo de dedicação, hoje, as empresas já julgam mais os funcionários pela produtividade. Para as companhias, é interessante que o profissional cumpra suas atividades no tempo determinado, ou então ele sairá mais caro. “A hora extra tem um custo”.

As empresas também estão mais interessadas na qualidade de vida do funcionário, para que tenha tempo para estudar, fazer cursos e para o lazer. “Afinal, um profissional descansado é mais lucrativo do que aquele estressado”. Além disso, se não tiver tempo para fazer cursos, pode ficar defasado e diminuir a empregabilidade.

É importante que a pessoa tenha disposição para a hora extra, quando a empresa precisar. Se todo dia precisar ficar até mais tarde, demonstra que não tem organização.

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Balança

Ao ser perguntada se o profissional deve colocar o emprego em jogo, por causa das horas extras, a resposta de Camila foi positiva. “Se trouxer mais malefícios do que benefícios e não conseguir parar de fazer as horas extras, o melhor é mudar de emprego mesmo”. Dentre os efeitos negativos da prática, está o maior estresse, por se cobrar para fazer mais do que o necessário.

Para quem sofre do problema, o melhor é começar a se organizar. Camila indicou ao profissional que foque na eficiência e na produtividade. Saiba determinar o que é prioridade e aprenda a otimizar o tempo, para não perdê-lo com o que não é emergencial.

Sobre a relação com os colegas de trabalho, é bem provável que quem faz hora extra em excesso seja visto como bajulador, extremista ou atrapalhado.