Homens têm cinco vezes mais chances de ocupar liderança

Pesquisa realizada pela ONU revela que um a cada oito homens pode chegar a ser chefe; entre mulheres, a proporção é de uma a cada 40

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Homens têm cinco vezes mais chances de ocupar um cargo de chefia, na comparação com as mulheres. A conclusão faz parte de estudo divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) na segunda-feira (30).

Quando analisado o emprego formal, em média, um em cada oito homens pode esperar chegar a cargos superiores. Já entre as mulheres, a média é de uma a cada 40 profissionais.

“O uso de quotas para fazer com que as mulheres ingressem nos conselhos de administração, como é o caso da Noruega, constitui uma forma inovadora de derrubar os tetos de vidro em relação ao nível gerencial e merece ser aplicada em outros lugares”, diz o estudo.

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“Fuga de cérebros”

A pesquisa constatou que as mulheres representam a maioria das “fugas de cérebros” entre pessoas com Ensino Superior em todas as regiões, exceto na América do Norte. Na África e Oceania, a proporção de mulheres que emigram é algo entre 7% e 10% superior à quantidade de homens.

“Isto tem implicações preocupantes para a presença das mulheres em cargos de liderança econômica nos países em desenvolvimento”. Na tabela abaixo, é possível analisar a “fuga de cérebros“:

As mulheres estão à frente na “fuga de cérebros”,
exceto na América do Norte
Região Homens Mulheres
América do Norte 4,1% 3,5%
Ásia 6,1% 7,3%
Europa 9,9% 10,4%
América Latina e Caraíbas 17,9% 21,1%
Oceânia 16,5% 23,8%
África 17,1% 27,7%

Fonte: ONU

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Responsabilidade

De acordo com os dados, o emprego das mulheres está cada vez mais ligado a cadeias globais de fornecimento, nas quais as relações de responsabilidade são frequentemente pouco claras. Elas dominam os empregos na maioria das zonas de exportação. Em Blangadesh, por exemplo, representam 85% da mão-de-obra.

“Os mecanismos de responsabilidade nessas zonas, se de todo presentes, são muitas vezes limitados a códigos de conduta voluntários adotados por empresas”.

Os sindicatos têm papel fundamental na redução das desigualdades de gênero. Para se ter uma ideia, as mulheres sindicalizadas têm menor diferença salarial em relação aos homens. Contudo, quando analisado todo o mundo, elas representam apenas cerca de 19% dos membros dos sindicatos.