“Hoje sofro mais preconceito do que antes”, diz Ana Carla Abrão, a mulher que tirou Goiás da crise

A economista Ana Carla Abrão falou com o Ela S.A. sobre o período em que esteve à frente da Secretaria da Fazenda de Goiás, como foi conviver em um meio predominantemente masculino e os desafios para o Brasil

Paula Barra

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SÃO PAULO – Ex-secretária da Fazenda de Goiás no governo de Marconi Perillo (PSDB), a economista Ana Carla Abrão, conhecida como “mãos de tesoura” por conta do duro ajuste fiscal que promoveu no estado no meio da pior recessão da história, conversou com o InfoMoney para o projeto Ela S.A..

Na entrevista, Ana Carla, comentou sobre sua atuação no governo de Goiás, que foi marcada, desde o primeiro momento, por uma severa necessidade de ajuste fiscal, que incluiu a venda da distribuidora de energia elétrica Celg. “Foi uma privatização envergonhada porque nem o termo podíamos usar, lembrando que o governo federal detinha 51% das ações da empresa. O processo foi muito difícil pela barreira ideológica”, lembra. 

De volta à iniciativa privada este ano como sócia da consultoria Oliver Wyman, ela comentou sobre as dificuldades em ser mulher em um meio predominantemente masculino. “Hoje sofro mais preconceito do que antes. Existe um preconceito velado, inconsciente. Essas coisas acontecem ao longo do tempo, mas vamos atropelando esse processo. Agora, como sócia da consultoria, isso torna o preconceito mais óbvio. Você vê as pessoas se voltarem ao sócio homem até que eu comece a falar, me coloque e adquira meu espaço”, comentou. 

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Segundo ela, esse preconceito inconsciente é o mais difícil de ser combatido, as pessoas não se dão conta. “A medida que você chama atenção para isso, você vê que as pessoas começam a pensar. É a famosa foto na escolha dos ministérios do [Michel] Temer. Não vejo problema em ter só homens, vejo problema em ninguém ter se dado conta que só tinha homens”, comenta. 

Assista a entrevista na íntegra no player inserido na parte superior desta matéria. 

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