Há 362 vezes mais empregos na Barra Funda do que em Marsilac

Mapa da Desigualdade 2016 mostra melhorias em mais da metade das áreas analisadas

Paula Zogbi

Desemprego. Fonte: Shutterstock

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SÃO PAULO – A taxa de desigualdade entre as regiões paulistanas no quesito empregabilidade é de 361,69 vezes. Isso significa que o distrito com mais empregos, a Barra Funda, tem quase 362 vezes mais empregos do que o último colocado neste quesito, Marsilac.

Segundo a pesquisa Mapa da Desigualdade de 2016, que usa dados de 2014 na categoria Trabalho e Renda/Empregos, a região da Barra Funda tem 60.900,66 empregos para cada 10 mil habitantes. O segundo distrito com maior número de trabalhos é a Sé, com taxa de 40.943,11; e o terceiro é o Itaim Bibi, com taxa de 34.851,4.

Do outro lado, Marsilac tem taxa de apenas 168,38 empregos para cada 10 mil habitantes. O penúltimo lugar fica com a Cidade Tiradentes, com taxa de 316,6, e logo antes vem a região de Brasilândia, com 444,47.

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Para o morador das áreas menos permeadas de oportunidades, a rotina não é nada fácil. Chegar de Marsilac, onde não há empregos suficientes para todos os moradores, até a Barra Funda, onde a oferta é alta, exige cerca de 3 horas de transporte público, com 5 baldeações, ou duas horas de carro.

Isso é apenas uma amostra das situações comprovadoras de que a desigualdade ainda é muito grande na maior cidade do país. Mesmo assim, a edição de 2016 do Mapa compilado pela Nossa São Paulo apresentou melhoria em 21 das 40 áreas pesquisadas – mais da metade. Cinco áreas permaneceram inalteradas e 14 pioraram em desigualdade.

Entre os temas que houve redução da desigualdade estão mortes no trânsito; número de leitos hospitalares e mortalidade infantil, materna e por Aids; ampliação de equipamentos culturais e a demanda de crianças atendidas por creches. Já as que tiveram piora foram os homicídios, gravidez na adolescência, população em situação de rua.

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Para ver todos os dados do estudo, acesse o pdf completo neste link

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney