Grande SP: emprego feminino cresce, mas diferença salarial para homens ainda é grande

A taxa de participação das mulheres na população economicamente ativa aumentou de 55,9% em 2009 para 56,2%

Tércio Saccol

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SÃO PAULO – A participação da mulher no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo voltou a crescer no último ano. O dado consta no estudo Mulher e Trabalho, realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Segundo o estudo, o desempenho do mercado de trabalho em 2010 proporcionou a geração de 163 mil postos de trabalho para a população feminina, o que foi suficiente para absorver 99 mil mulheres que ingressaram na força de trabalho local. Com a entrada desse montante, o contingente de desempregadas na região metropolitana de São Paulo foi reduzido em 64 mil.

A taxa de participação das mulheres na população economicamente ativa aumentou de 55,9% em 2009 para 56,2%. Entre os homens, a taxa de ocupação passou de 71,5% para 71,6%. A taxa de desemprego total feminina diminuiu pelo sétimo ano consecutivo, passando de 16,2% para 14,7% entre 2009 e 2010.

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Em números absolutos, são 5,7 milhões de homens em população economicamente ativa e 5 milhões de mulheres. O total de ocupados é de 5,1 milhões e de ocupadas é de 4,2 milhões. Já o cálculo de desemprego registra 540 mil homens e 733 mil mulheres fora do mercado na região metropolitana de São Paulo.

Rendimentos
O tipo de ocupações criadas entre 2009 e 2010 influenciou o aumento do rendimento médio real por hora das mulheres, que passou de R$ 6,56 para R$ 6,72. Apesar do crescimento, a distância entre a remuneração de homens e mulheres evoluiu, já que o rendimento médio deles passou de R$ 8,22 para R$ 8,94. Desta forma, as mulheres receberam 75,2% dos rendimentos médios dos homens em 2010. Em 2009, esse percentual era de 79,8%.

Por setor
Dos setores analisados, apenas o de serviços domésticos teve redução no nível de ocupação. Em 2010, 23,4% das mulheres em situação economicamente ativa com capacitação até Ensino Superior incompleto trabalhavam na indústria, 17,8% no comércio, 9,8% na construção civil e 47,4% no segmento de serviços. Outras ocupações somaram 19,8%.

Entre as que possuem Ensino Superior completo, a distribuição é de 11% na indústria, 7,2% no comércio e 80,3% nos serviços.