Grande São Paulo abre 36 mil postos de trabalho em julho, diz Seade/Dieese

Nos últimos 12 meses foram criadas 194 mil vagas profissionais na região metropolitana da capital paulista

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Após queda verificada em junho, o nível de ocupação na região metropolitana de São Paulo registrou ligeira alta de 0,4% em julho, na comparação com o mês anterior. A variação do indicador reflete o ingresso de 36 mil pessoas no contingente de ocupados, agora estimado em cerca de 8,321 milhões de trabalhadores.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, houve crescimento de 2,4% na taxa de emprego, com a geração de 194 mil novos postos de trabalho. Embora o resultado seja positivo, há alguns meses este indicador demonstra sinais de desaquecimento. Para se ter uma idéia, em maio a evolução somada dos 12 meses anteriores chegava a 3,9%, com 312 mil vagas criadas.

As informações fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo, realizada pela Fundação Seade, em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos), e divulgada nesta terça-feira (23).

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Serviços são responsáveis pela alta

A expansão do nível de ocupação em julho decorre exclusivamente dos 85 mil empregos gerados pelo setor de Serviços no período, o que equivale a aumento de 1,9% no total de mão-de-obra da categoria em relação a junho.

Em caminho oposto, todas as demais áreas registraram recuo no nível de ocupação, com destaque para o fechamento de 34 mil postos na Indústria, o que acarretou em retração de 2,1% na força de trabalho da categoria. O Comércio também diminuiu seu volume de funcionários, com as demissões superando as admissões em 0,9%, ou 11 mil pessoas.

O grupo classificado como Outros Setores foi mais um que apresentou oscilação negativa, neste caso de 0,4%, que reflete subtração de 4 mil trabalhadores. Vale dizer que este setor é formado principalmente por trabalhadores domésticos e pela construção civil.

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Levando-se em conta a comparação com o mesmo período de 2004, o Comércio é o único segmento que registra déficit nas contratações, com redução de 3,9% e queda de 52 mil pessoas em seu total de funcionários. Por outro lado, o setor de Serviços contratou 186 mil funcionários (4,3%) em 12 meses, ocupando a liderança entre as categorias.

Setor público e autônomos se destacam

Considerando a posição na ocupação dos trabalhadores paulistanos, a pesquisa Seade/Dieese revela que o nível de emprego subiu em julho principalmente por causa das contratações de assalariados do setor público e das atividades de autônomos. No primeiro grupo houve ampliação de 20 mil postos de trabalho, enquanto entre as pessoas que trabalham por conta própria as vagas profissionais aumentaram em 16 mil.

Já os assalariados do setor privado apresentaram oscilação negativa no nível de ocupação de julho, com a demissão de 22 mil pessoas, sobretudo trabalhadores informais, sem carteira assinada (20 mil).