Graduação: é insegurança ou tem certeza de que não gostou do curso?

No primeiro ano da faculdade, as matérias são mais básicas e não têm foco no mercado, mas aluno não pode desanimar

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Existem estudantes que, ao entrarem na faculdade, ficam inseguros em relação ao curso e até pensam em desistir. Será que esse sentimento é normal entre os calouros? 

“Ter insegurança é comum, pois a pessoa já vem de um momento de pressão e de incerteza que é o vestibular. Além disso, existe uma autocobrança muito grande”, explica a consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Gisele Andriotti Tuckmantel.

Gisele afirma ainda que, no primeiro ano, as matérias da graduação são mais básicas e não têm foco no mercado de trabalho. “O aluno não consegue enxergar aplicação e desanima, mas não é por isso que ele deve desistir”, aconselha.

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Avaliação criteriosa
Neste momento, é indicado que os alunos façam uma avaliação criteriosa, que deve abordar o curso, os professores e a faculdade. Muitas vezes, o problema não está ligado diretamente ao curso, mas à estrutura da faculdade ou até mesmo aos professores.

Outra dica é conversar com estudantes que estão no penúltimo e último anos da faculdade. Vale também conversar com os profissionais recém-formados.

“A pessoa tem de se identificar com as matérias dadas em aula, mas isso não pode ser somente no âmbito escolar, e sim em seu cotidiano. Por exemplo, estudantes de economia devem gostar de ler notícias sobre o assunto e isso foge da sala de aula. Tem de ter interesse inserido no cotidiano”, avalia Gisele.

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Caso não seja percebido esse interesse pelo assunto na vida da pessoa, é um indício de que aquele curso pode não ser o que a pessoa queria.

Trancar a matrícula ou abandonar o curso?
Se o desânimo for grande demais, a consultora orienta que o aluno não abandone o curso, mas tranque a matrícula. “Por mais que, em alguns lugares, seja necessário pagar a matrícula, abandonar nunca é indicado, pois, se a pessoa quiser voltar, encontrará mais dificuldades”. 

A recomendação não inclui o aluno que está nos últimos anos da graduação, para quem é indicado terminar o curso e depois procurar fazer uma pós-graduação no assunto que mais interessa. “É importante ter em mente que nenhuma escolha é definitiva”, finaliza Gisele.