Governo prevê crescimento de 8,82% da massa salarial, sinal de que a crise já passou

Para economista do Ibre/FGV, se previsão se confirmar, o consumo das famílias será um dos pilares do crescimento do PIB

Camila F. de Mendonça

Publicidade

SÃO PAULO – A economia do país estava crescendo, mas os abalos provocados pela crise financeira internacional derrubaram as boas projeções. Ainda assim, a massa salarial do brasileiro não caiu, como muitos previam, e o Governo prevê crescimento de 8,82% ainda este ano.

“Nas últimas previsões, eles erraram”, ponderou o economista do Centro de Crescimento Econômico do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getulio Vargas), Fernando Holanda, de acordo com a Agência Brasil. O crescimento previsto consta do relatório de avaliação fiscal do terceiro bimestre e é maior que os 5,67% de crescimento previstos no relatório anterior.

A estimativa maior pode significar, segundo Holanda, que o pior da crise já passou e a economia respira melhor. “Os bancos já começam a melhorar a projeção para o final do ano. Então, acredito, sim, que o grosso da crise passou”, afirmou.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

Aumento da renda = aumento do consumo

Com a economia ganhando fôlego e expectativas de aumento da renda, Holanda espera que o consumo também aumente. “Se realmente se concretizar essa massa salarial em expansão, isso é uma boa notícia, porque a economia ultimamente tem crescido, tendo como principal componente o crescimento do consumo das famílias”.

Segundo ele, o consumo já era um dos pilares principais do crescimento da economia antes da crise e deve continuar sendo. Ainda assim, segundo ele, o crescimento não deverá ser tão grande, por conta das condições de crédito, que ainda não são tão favoráveis.

“Um importante componente do crescimento da economia vai ser o consumo das famílias. Então, aumentando a renda, isso é um bom sinal. Obviamente, caso se concretize a previsão do governo”, considerou Holanda.