Governo pensa em conceder incentivos fiscais para evitar demissões na GM

Anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin, após uma reunião com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de S. José dos Campos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O governo paulista poderá conceder incentivos fiscais à GM (General Motors) para tentar evitar demissões nas oito fábricas da montadora em São José dos Campos. O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin, após uma reunião com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos da região.

“O governo pode ajudar com o nosso Programa Pró-Veículo, onde nós liberamos o crédito de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] para investimento aqui em São Paulo”, disse.

O governador declarou ainda que pretende negociar com a montadora e com o governo federal uma solução para o impasse. “Então nós vamos entrar em entendimento com a direção da General Motors e também com o governo federal. Buscar uma melhor solução, evitando então a demissão e garantindo a manutenção de emprego”, ressaltou.

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O problema
Desde o começo do ano a GM já promoveu dois programas de demissões voluntárias nas unidades de São José dos Campos. A empresa diz que está transferindo suas atividades para outros municípios paulistas, entre eles São Caetano do Sul. Para o Sindicato dos Metalúrgicos, a medida pode resultar na demissão de 1,5 mil funcionários. A montadora, apesar de admitir que há excedente de mão de obra, não divulga o número de trabalhadores que podem ser dispensados.

Aind ontem ,atendendo a um pedido do sindicato, a GM concedeu folga remunerada a todos os 7,2 mil trabalhadores das unidades de São José dos Campos. Um grupo de metalúrgicos, em protesto contra as possíveis demissões, bloqueou por cerca de 30 minutos a Rodovia Presidente Dutra.

O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, espera que a mediação do governo estadual facilite as negociações com a GM. “Esperamos que, a partir dessa conversa, no próximo sábado (4) [a montadora] possa vir no sentido de começar abrir e discutir propostas com os trabalhadores e com o sindicato”.