Governo do Japão quer cortar os preços de tratamentos médicos

Na seqüência de reformas do governo de Junichiro Koizumi, vem a revisão das taxas de tratamentos e medicações

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Com o envelhecimento da população japonesa, as despesas médicas representam um dos maiores gastos incorridos tanto pelo governo, quanto pela população em geral.

Nesse sentido, como parte de suas reformas estruturais, o governo japonês está planejado um corte recorde nos preços de tratamentos médicos, o que considera essencial para reduzir efetivamente os gastos públicos com seguridade social.

Corte de até 4%

A redução, que será decidida na compilação do Orçamento de 2006, em meados de dezembro, deverá ser de 4%, o que inclui um corte de 3% na remuneração dos médicos e outro de mais de 1% nos preços dos medicamentos.

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O corte também é necessário, pois como o governo pretende aumentar a participação financeira dos pacientes nos gastos com saúde. Se não fossem os cortes de até 4%, o peso dos gastos com saúde acabaria subindo, onerando demais a população.

Médicos querem aumento, governo propõe cortes

Tanto os tratamentos como os preços dos medicamentos têm seus custos definidos por um sistema de pontuação, em que cada um deles recebe determinada quantidades de pontos, equivalentes a 10 ienes a unidade.

Sendo assim, o sistema será revisado levando-se em conta o estado fiscal do programa nacional de seguro saúde, o índice de preços ao consumidor (IPC) e os salários, para se chegar a uma medição mais adequada.

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Porém, o gabinete do primeiro ministro Junichiro Koizumi terá dificuldades. Enquanto o Conselho do Sistema Fiscal, uma banca especial de apoio do governo, submeteu uma proposta neste mês de redução de 5,3% na remuneração dos médicos, a Associação Médica do Japão entrou com um pedido de aumento de 3%, mostrando resistência aos planos do governo.