Gosta de cozinhar? Então aposte no aquecido mercado de gastronomia

Em plena expansão em todo Brasil, recentemente a gastronomia passou a ser vista com glamour

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O mercado de gastronomia está aquecido e, apesar de se desenvolver mais em São Paulo, nos outros Estados está em plena expansão também. A opinião é do coordenador dos cursos de Confeitaria, Panificação e Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, Rafael Barros.

“Em Recife, aconteceu o primeiro congresso de gastronomia. No País todo, o número de faculdades da área está crescendo. Além disso, um fenômeno que está ocorrendo é que não tem mais gente vindo trabalhar em São Paulo, e muitos profissionais da área estão migrando para outros Estados, em busca de qualidade de vida, e, conseqüentemente, estão ajudando a disseminar a gastronomia Brasil afora”, explica o coordenador.

Na avaliação de Barros, o mercado pede hoje uma mão-de-obra qualificada. “Há dez, quinze anos, ninguém ia comer no restaurante por causa do chef de cozinha. Atualmente, todos querem saber quem é o chef. É uma profissão que inclusive envolve glamour”, lembra. “Se antes os pais não deixavam o filho cursar gastronomia e ser “cozinheiro”, hoje eles incentivam. Não é mais um sub-emprego, mas uma posição que dá status.”

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O curso

Na Anhembi Morumbi, o curso é estruturado da seguinte maneira: 75% são aulas práticas e 25% são aulas teóricas como marketing, recursos humanos, administração, legislação e nutrição. O segundo grupo de matérias favorece o aluno que deseja abrir o próprio negócio.

A formação hoje é vital para a área. Segundo Barros, não adianta mais ter dez anos de experiência em um restaurante e não ter formação acadêmica. “Muitas pessoas estão se formando na área e minha aposta é que esse pessoal jovem irá tirar muita gente do mercado. Tenho alunos que trabalham há anos no ramo, mas estão fazendo faculdade de gastronomia, para não ficar para trás.”

Carreira

“Eu diria que um profissional que se formou em gastronomia com 20 anos de idade irá batalhar dez anos para atingir a posição de chef. Então, com 30 anos, ele será um líder. A faculdade não forma um chef de cozinha, mas um tecnólogo, que se sairá bem melhor do que qualquer outro sem formação como assistente de cozinha. Como em qualquer área, não se pode começar do topo. É necessário galgar posições”, avisa o coordenador da Anhembi Morumbi.

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Com relação à remuneração, é importante ter em mente que, no início, o profissional irá ganhar pouco. “Ninguém pode querer começar ganhando um salário de R$ 3 mil”, adverte.

O que as empresas esperam de um profissional da área é postura, atitude, responsabilidade e capacidade de se comunicar. Ter vivência no exterior e falar outro idioma ajudam. “Técnica e boa formação muitas pessoas têm, o que irá fazer a diferença é o comportamento. Além disso, falar uma segunda língua, como francês e inglês, ajuda muito na hora de realizar pesquisas na Internet ou em livros. A melhor bibliografia de gastronomia não está em português.”

Atuação

As frentes de atuação são muitas. O formado em gastronomia pode trabalhar em redes de hotéis, hospitais, navios, padarias, confeitarias e eventos. Além disso, ele pode abrir a própria empresa e ser um empreendedor. Barros conta que, cada vez mais, os hospitais demandam profissionais da área. Além disso, é comum empresários realizarem o curso tendo em mente a abertura de um restaurante.

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Ainda segundo ele, é fácil conseguir o primeiro emprego. “O número de estagiários de gastronomia trabalhando nas empresas é alto. O estágio é uma oportunidade única para mostrar a capacidade e a atitude”, completa.