Se Bill Gates pudesse mudar uma coisa no passado, seria o Ctrl + Alt + Delete

Gates transformaria o comando Ctrl + Alt + Delete em um único botão  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Bill Gates “não tem certeza” se voltar no tempo para mudar pequenas decisões permitiria que o restante da trajetória de uma pessoa fosse prejudicado. Mas, caso ele pudesse fazer uma modificação em sua trajetória profissional, transformaria o comando “ctrl + alt + delete” em um único botão.

A resposta foi dada a um questionamento bem-humorado durante o evento Bloomberg Business Forum 2017, realizado nesta quarta-feira (20). Nele, Gates também falou sobre ativismo, sua saída prematura da faculdade e saúde.

“Control Alt Delete é esquisito. Por que você inventou isso?”, disse o apresentador David Rubenstein, em meio aos risos da plateia e do próprio bilionário.

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Universidade

O apresentador entrou no mérito da desistência de Gates em se formar na universidade, algo célebre em sua trajetória. Segundo Gates, a decisão teve relação com um “senso de urgência” que sentia em relação a sua participação no mercado. “Quanto mais rápido fizéssemos, melhor seria. Eu não queria perder um dia”, disse o bilionário.

Quanto à reação dos seus pais, Gates disse que houve desconfiança e insegurança, mas que a possibilidade de retornar aos estudos um dia os tranquilizou. “Era verdade, eu poderia voltar”, comenta.

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Ao mesmo tempo, deixar os estudos de maneira nenhuma significou menos esforço. “Nos meus 20 anos, eu trabalhava aos finais de semana e não acreditava em férias”, conta Gates. “Eu era solteiro e maníaco naqueles anos, então funcionou”, finaliza.

Prioridades

Fundador da iniciativa filantrópica Bill and Melinda Gates Foundation, Gates diz que sua prioridade atualmente é diferente de boa parte dos demais líderes do Vale do Silício. “Outros bilionários estão trabalhando em como viver eternamente. Eu estou focado na desigualdade referente à saúde”, disse Gates, que ajuda a financiar inúmeras pesquisas na área, incluindo as de extermínio da Malária em países africanos.

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A fala fez muitos espectadores recordarem alguns dos posicionamentos de Peter Thiel, um dos fundadores do Pay-Pal que endossa movimentos para financiar pesquisas que visam a extensão da vida de seres humanos. Jeff Bezos, fundador da Amazon, está junto a Thiel entre os financiadores da Unity Biotechnology, empresa que prega “um futuro sem doenças em que envelhecer não machuca”.

Outra área de interesse de Gates é a energética, conforme deixou claro em suas considerações finais. “Energia é um caso em que temos um perigo verdadeiro”, disse. “É necessário investir em energia limpa por conta das mudanças climáticas e da lacuna de infraestrutura na África. Hoje, menos africanos têm acesso à energia do que 10 anos atrás, por conta do crescimento populacional”, exemplificou.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney