Pesquisa mundial mostra as principais diferenças entre as Gerações X, Y e Z no trabalho

Estudo elaborado pela Universum com mais de 18 mil profissionais e estudantes revela as aspirações e valores de cada geração 

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Em um futuro próximo, três gerações vão convergir suas habilidades no mercado de trabalho: Geração X (nascidos antes da década de 1980); Geração Y (nascidos entre 1984 e 1996); e a Geração Z (nascidos depois de 1997). Uma pesquisa realizada com mais de 18 mil profissionais e estudantes das três gerações em mais de 19 países fez um “raio x” do mercado de trabalho e mostrou as grandes diferenças entre os profissionais em cada idade.

Desenvolvida pela consultoria Universum, o estudo encontrou diferenças importantes no que diz respeito à aspirações e valores. Confira os cinco tópicos analisados pelo estudo e como cada geração se comporta em relação a cada um:

Liderança

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O estudo mostra que assumir um cargo de liderança é essencial para 61% dos entrevistados da geração Y, para também 61% da geração Z e 57% da X. Embora as respostas tenham sido praticamente iguais, ou bem próximas, elas variaram dependendo do país entrevistado. Por exemplo, nos países nórdicos, como na Noruega, os entrevistados (46%) cobiçam menos os papéis de liderança do que os do México (76%). Enquanto que, dos profissionais americanos da geração Y,  77%  afirmam que o cargo de liderança é importante.

Segundo a pesquisa, companhias estabelecidas em mercados que não têm entusiasmo com a liderança – como Dinamarca, a Suécia e a França –  devem encontrar lacunas difíceis de preencher para cargos de liderança. Enquanto que empresas em países como o México, os EUA e a Índia terão que encontrar maneiras de gerenciar as expectativas e experiência de liderança.

Em geral, os profissionais Millennials e da Geração X são mais entusiasmados em trabalhar em cargos mais baixos do que lidar com responsabilidades de cargos de gestão. Por outro lado, a geração Z apresenta uma ambição maior por níveis mais elevados de responsabilidade e liberdade financeira.

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Há diferenças também em relação aos gêneros. Na geração X, 63% dos homens disseram que se tornar um líder era importante para eles, enquanto apenas 52% das mulheres disseram o mesmo.

Mas a diferença cai entre os profissionais da Gen Y e Gen Z. Foram 63% dos homens contra 61% das mulheres. Em geral, as mulheres da geração X são mais propensas a apreciar o trabalho desafiador envolvido na liderança. As mulheres da Y dão prioridade para cargos de medianos, enquanto as mulheres da geração Z acreditam que altos níveis de responsabilidade são a coisa mais atraente sobre a liderança. Os homens de todas as gerações estavam mais interessados ??em ganhos futuros e altos níveis de responsabilidade.

Empreendedorismo 

O estudo mostra que as três gerações analisadas apresentam um forte interesse no empreendedorismo. Um em cada quatro estudantes da geração Z está interessado em iniciar seu próprio negócio. E entre aqueles que já estão no mercado de trabalho (profissionais da geração Y e X), um em cada três já desejou ser empresário.

Os profissionais da geração Y no México (57%) e os Emirados Árabes Unidos (56%) foram os mais interessados ??em iniciar seus próprios negócios. Apenas 27% dos profissionais da geração Y no México relataram que querem uma carreira em uma empresa internacional. Na Índia, por exemplo, 43% da geração X queria iniciar seus próprios negócios quando começaram e 25% ainda querem trabalhar em uma empresa internacional.

Vontade de aprender

Quando perguntados se fariam um curso online gratuito oferecido por seu empregador, 70% dos entrevistados da geração Z , 77% da geração Y e 78% dos profissionais da geração X disseram sim. 

Dada a escolha entre um curso online e um pessoalmente, 69% da geração Z escolheram o curso presencial, enquanto apenas 13% escolheu o online. A geração X foi a que apresentou maior tendência em fazer um curso online, com 25% dos entrevistados escolhendo essa opção. E 21% dos profissionais da geração Y escolheriam o online.

Tecnologia

Quando perguntados sobre quais tecnologias podem revolucionar o trabalho na próxima década, a geração Z é muito entusiasmada com o potencial da realidade virtual (VR).

Os profissionais da geração Y também veem a VR como a tecnologia mais propensa a revolucionar seu trabalho na próxima década, colocando-a à frente das tecnologias “vestíveis” como relógios e roupas, gerenciamento de projetos ou conferência de áudio ou vídeo. As empresas podem considerar a realidade virtual como uma ferramenta para recrutar essas gerações.

A geração X, por outro lado, acredita que as tecnologias da realidade virtual têm um baixo impacto no seu trabalho. Eles tiveram o maior entusiasmo pelas ferramentas de gerenciamento de projetos, com certos países, como Alemanha, Japão e Rússia, expressando também entusiasmo por ferramentas de computação em nuvem.

O estudo perguntou ainda se os entrevistados consideram a tecnologia como algo útil ou se ela dificulta vida profissional. Profissionais mais velhos consideraram a tecnologia um obstáculo na Grã-Bretanha, Suécia e Noruega. A tecnologia foi vista como útil pela maioria da geração X na Dinamarca, Suécia e México.

Entre a geração Y, os entrevistados no México, na Suécia e na Alemanha percebem a tecnologia de forma mais positiva. E os estudantes da geração Z de forma geral também consideraram a tecnologia útil. 

Adaptação

Todas as gerações demonstraram preocupação em relação a conseguir adaptar suas personalidades no ambiente de trabalho (50% nas gerações Y e Z e 40% na geração X). O que mais incomoda a geração X em geral é não poder aproveitar a aposentadoria, ficar preso sem oportunidades ou não ter estabilidade no trabalho. 

Os países que participaram da pesquisa foram: México, EUA, Alemanha, Suécia, Noruega, Índia, China, Japão, Reino Unido, Irlanda, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Rússia, Espanha, Canadá, Singapura, Suíça, Finlândia e França. 

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.