Geração Y é a mais difícil de atrair para uma vaga, revela pesquisa

Pesquisa da Robert Half mostra de seis de cada dez executivos entrevistados acreditam que a principal dificuldade é em relação ao plano de carreira

Edilaine Felix

Publicidade

SÃO PAULO – Os profissionais da geração Y, nascidos a partir de 1979, são os mais desafiadores para atração e retenção. Pesquisa da Robert Half, mostra que 48% dos CFOs (diretores financeiros) acham que esse é o profissional mais difícil de atrair para uma vaga, enquanto 55% acham que é a geração mais difícil de reter.

Segundo a pesquisa, seis em cada dez executivos entrevistados acreditam que a principal dificuldade de retenção da geração Y é por conta das expectativas em relação ao plano de carreira. O segundo ponto destacada pelos entrevistados é a expectativa de remuneração (54%) e qualidade de vida (36%).

Novos desafios
A geração Y busca uma nova maneira de encarar a vida profissional. “Esses profissionais são os filhos da geração X e netos dos baby boomers: viram os pais e avós serem demitidos após décadas trabalhando na mesma empresa ou então se transformarem em ‘workaholics’ para vencer na carreira”, explica.

Continua depois da publicidade

Para Saad, a geração mais nova prefere mostrar o trabalho em resultado produzido e não em horas trabalhadas. “Esse modelo em que competência é entrar às 7 horas e sair à meia-noite está sendo desafiado”, reforça Saad. “Ao mesmo tempo em que a geração Y quer subir rapidamente, ela também se preocupa com a vida pessoal.”

Mais maduros
Para o gerente sênior da Robert Half, Fábio Saad, profissionais com mais de 30 anos exigem mais da empresa. “Eles almejam além de estabilidade e um salário no fim do mês. Por isso, acaba sendo especialmente difícil de atrair e reter”, explica.

Por sua vez, a geração “baby boomers”, com profissionais nascidos entre 1946 e 1964, ficou marcada por pessoas totalmente fiéis à empresa permanecendo muitas vezes toda a carreira com um só empregado. Já a geração X, formada por pessoas que nasceram entre de 1947 a 1978, buscou a diversificação, mas com uma dedicação extrema ao trabalho para atingir o sucesso profissional.

De acordo com Fábio Saad, a geração Y desafia esses dois modelos. “Além da recompensa financeira há a busca por um propósito ‘maior’ para a atividade profissional”, justifica.