Geração Y: confira os erros comportamentais desses profissionais

Para especialistas, falta respeito à hierarquia e à burocracia; além disso, esses trabalhadores acham que sabem demais

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Baby Boomers, gerações X e Y. Cada geração de profissionais é marcada por determinadas particularidades, responsáveis por torná-los únicos no mundo corporativo. A geração Y, por exemplo, que, de acordo com alguns autores é formada por aqueles que nasceram a partir de 1978, é dinâmica, quer o sucesso imediato e parece não gostar muito de burocracia.

Esses profissionais, porém, apresentam falhas comportamentais que podem comprometer seu sucesso no mundo corporativo. Com o auxílio da coordenadora de desenvolvimento humano da Faculdade IBS/FGV, Jacqueline Rezende e do sócio diretor do LAB SSJ, Alexandre Santille, listamos alguns desses defeitos que podem atrapalhar uma carreira.

Hierarquia – toda a estrutura hierárquica de uma organização pode ser rapidamente desconsiderada por um jovem da geração Y. De acordo com os especialistas, esse profissional fala da mesma maneira com um analista, com um gerente ou com um CEO. O problema, porém, está no fato de tratar seu chefe como simples colega de trabalho e não como o que ele realmente é: seu chefe.

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As empresas precisam de uma hierarquia para manter a organização, e é preciso que esse sistema seja respeitado. Além disso, os chefes contam com mais experiência profissional, o que nem sempre é levado em consideração pelos jovens.

Burocracia – por mais que ninguém goste, a burocracia existe e, em muitos casos, é importante. Na ânsia em conseguir o que querem, explica Jacqueline, muitos jovens da geração Y não respeitam ou nem ao menos se importam com ela. É importante parar, checar, conferir e respeitar cada etapa do processo, para que, ao final, sejam reduzidas as chances de qualquer tipo de problema.

Do meu jeito – “eles querem agregar valor dentro daquilo que consideram importante para eles e que nem sempre é o que a empresa está solicitando”, diz Jacqueline. Na prática, explica a especialista, é comum que os profissionais da geração Y desenvolvam uma atividade ou realizem um projeto de acordo com o que eles mesmos consideram relevantes.

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O problema é que isso nem sempre está de acordo com o que a empresa quer. Se isso, por um lado, pode ser entendido como pró-atividade pelos jovens, por outro, pode ser motivo até de demissão para a empresa.

O sabe-tudo – em um mundo onde a tecnologia domina, os profissionais da geração Y são famosos por sua procura de conhecimento pela internet. A questão é que poucos pesquisam com a profundidade adequada, para poder afirmar que sabem de determinado assunto.

Santille explica que muitos desses jovens acham que uma simples busca na rede é capaz de torná-los experts em qualquer assunto. A realidade, porém, não é bem assim.