Geração de emprego no País é a pior dos últimos 11 anos

Em maior, 72.0082 vagas de trabalho foram criadas, pior resultado desde 2003, ano limite para comparação disponibilizado pelo governo

Luiza Belloni Veronesi

(Wikimedia Commons)

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SÃO PAULO – No Brasil, foram geradas 72.0082 vagas de trabalho em maio, de acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta sexta-feira (21).

Na comparação com abril deste ano, houve uma expansão de 0,18%. Porém, o índice apresentou o pior resultado para os meses de maio, pelo menos desde 2003, quando que o governo disponibiliza a série histórica para comparação. Em maio de 2012, foram geradas 139 mil vagas de trabalho, já no mesmo mês de 2011 e 2010, respectivamente, foram criadas mais de 252 mil e 298 mil postos no País. Em 2003, foram 140 mil vagas de trabalho criadas.

De acordo com o Caged, o comportamento pode ser justificado por um possível deslocamento da demanda de trabalhadores para os próximos meses, em razão do cenário internacional, associado à redução da expectativa dos agentes econômicos.

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Já em relação aos últimos 12 meses, o índice registrou a criação de 1.017.750 postos de trabalho, correspondendo a elevação de 2,60%. No acumulado do ano, o mercado teve um acréscimo de 669.279 vagas.

Crescimento setorial
Na análise mensal, sete dos oito setores de atividade econômica analisados apresentaram crescimento na geração de empregos formais. Em números absolutos e variação percentual, o destaque ficou com Agropecuário, com 33.825 vagas de trabalho e uma variação de 2,13%.

Outro destaque do período foi o setor de Serviços, que apresentou acréscimo de 21.154 postos de trabalho (+0,13%). Indústria de Transformação registrou acréscimo de 15.754 vagas (0,19%) e a Administração Pública teve alta de 0,32%, com o surgimento de 2.850.

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Em contrapartida, a Construção Civil foi o único setor que teve saldo negativo em maio de 2013, com -1.877 postos de trabalho (-0,06%).

Análise regional
Ao analisar as regiões, os dados revelam que 16 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento na geração de postos de trabalho. Os destaques positivos foram Minas Gerais (+25.916 postos ou +0,61%), São Paulo (+22.434 postos ou +0,18%), Paraná (+9.713 postos ou +0,37%), Rio de Janeiro (+4.575 postos ou +0,12%) e Bahia (+4.568 postos ou +0,26%).

Considerando as regiões, apenas a região Norte apresentou queda no emprego formal, com -663 postos, devido ao desempenho negativo da Construção Civil, da Agricultura e da Indústria de Transformação na região. Em números absolutos, nota-se o seguinte comportamento: Sudeste (+54.430 postos ou +0,25%), Sul (+10.001 postos ou +0,14%) e Centro-Oeste (+6.165 postos ou + 0,20%).