Frente à falta de mão-de-obra, 76% das empresas investem em treinamento

Além dos treinamentos, 60% das empresas subsidiam cursos externos para a capacitação de seus funcionários

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Preocupadas com a baixa qualificação da mão-de-obra do Brasil, 76% das empresas investem em programas de treinamento para seus profissionais. É o que mostra um estudo realizado pela Amcham (Câmara Americana do Comércio) divulgado na quarta-feira (9).

Além dos treinamentos, 60% das empresas subsidiam cursos externos para a capacitação de seus funcionários, enquanto 40% desenvolvem parcerias com centros de formação.

“O estudo indica uma retomada dos investimentos corporativos em treinamentos. Durante o auge da crise global, eles haviam sofrido um resfriamento e agora voltam a ser prioridade, tamanha a falta de mão-de-obra qualificada sentida no mercado”, explica o diretor-executivo da Amcham, Gabriel Rico.

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Para realizar o treinamento, 47% das empresas gastam de 5% a 10% do tempo de trabalho dos profissionais, enquanto 12% declararam que ocupam entre 10% e 20% do tempo. Apenas 5% gastam acima de 20% do tempo.

Prioridades para capacitação
A pesquisa aponta ainda que, para 63% dos entrevistados, a prioridade em relação à capacitação da mão-de-obra é o desenvolvimento de parcerias com instituições de ensino, seguido pelos programas de formação em conjunto com outras empresas, indicados por 43%.

Sobre os centros de formação, as empresas reconhecem a qualidade dos profissionais capacitados por eles, pois 52% avaliam esses centros como adequados. Entretanto, consideram que essas instituições estão longe do ideal em termos de custos para formação tecnológica, considerado totalmente inadequados para 47%.

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Distribuição geográfica
A situação se agrava ao analisar a quantidade de mão-de-obra graduada em relação às necessidades do mercado, considerada totalmente inadequada para 49% dos entrevistados.

“A escassez de mão-de-obra qualificada, amplamente sentida no País, é ainda mais grave em regiões que passam por um progresso mais acelerado que a média nacional, como o Nordeste”, declara Rico.

Ele afirma ainda que, nessas localidades, além da pouca disponibilidade de profissionais com o perfil demandado pelo mercado, faltam centros de capacitação, essenciais para garantir os profissionais que serão necessários no futuro.

Sobre o estudo
O levantamento foi realizado entre os dias 28 de abril e 17 de maio. No total, foram feitas 211 entrevistas com empresas de todos os portes das cidades de São Paulo (SP), Campinas (SP), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Ribeirão Preto (SP), Goiânia (GO), Uberlândia (MG), Salvador (BA) e em Brasília.