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SÃO PAULO – Um grupo de japoneses tem se constituído cada vez mais um fenômeno no mercado de trabalho do país: os freeters, ou seja, trabalhadores que pulam de um trabalho temporário para outro, sem se estabilizarem em algum emprego.
A denominação é uma junção das palavras free, que significa livre em inglês, e arbeiter, que é trabalhador em alemão. Diante do crescente número de japoneses nesta situação, as opiniões dos pais e dos jovens se dividem.
Segundo o gabinete do governo, mais de 4 milhões de pessoas com idade entre 15 e 34 anos se encaixam no perfil, com exceção dos estudantes e das donas de casa.
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Pais e filhos
Uma pesquisa mostrou que, enquanto boa parte da juventude vê no estilo freeter uma forma de vida, uma grande parcela dos pais desaprova a idéia.
Segundo o estudo da Universidade de Toyo, em Tóquio, 40% dos estudantes universitários entrevistados aceitam a opção de trabalharem dessa forma caso considerem que este seja o caminho para alcançar seus sonhos pessoais.
Para 34% dos entrevistados, essa é uma situação inevitável no caso de dificuldade para encontrar trabalhos fixos. Outros 16% afirmaram que independentemente das circunstâncias não concordam com esta opção de vida.
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Por outro lado, o ponto de vista dos pais é bastante diferente: 47% deles disseram não aprovar a possibilidade sob nenhuma circunstância e apenas 26% assumiram que se trata se uma situação inevitável. A parcela dos que consideram uma opção para que seus filhos realizem os próprios sonhos é ainda menor: 23%.
Sonhadores sim, irresponsáveis não
Porém o resultado, ao contrário do que se pode pensar, não demonstra falta de responsabilidade da juventude em relação ao seu futuro profissional, como mostram os dados do restante da pesquisa.
Quando perguntados sobre os principais aspectos a serem levados em consideração na hora de procurar emprego, 30% escolheram a opção “organização estável com perspectiva de carreira e sistema de promoção relacionado ao tempo na empresa”, enquanto, entre os pais apenas 22% escolheram esta opção.
