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SÃO PAULO – O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria registrou aumento de 7,4% em novembro do ano passado, na comparação com o mesmo mês de 2009.
Por outro lado, frente a outubro, a folha de pagamento real recuou 1,3%. Em 12 meses, o indicador acumula elevação de 5,7% – o resultado mais elevado desde dezembro de 2008, quando estava em 6%. No acumulado de janeiro a novembro o aumento foi de 6,9%.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada nesta quinta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Alta em 16 atividades
Considerando os valores pagos pela indústria em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2009, o IBGE constatou alta em 16 dos 18 setores analisados.
Entre eles, os destaques ficaram com meios de transporte (12,8%), indústria extrativa (22,3%), máquinas e equipamentos (9%), produtos de metal (13,3%) e alimentos e bebidas (4,7%). No sentido oposto, foram registrados resultados negativos na indústria do fumo (-4,3%) e na de papel e gráfica (-8,5%).
No acumulado de janeiro a novembro, 16 das 18 atividades também apresentaram alta no valor da folha no acumulado de janeiro a novembro de 2010, com destaque para meios de transporte (8,4%), alimentos e bebidas (5,6%), máquinas e equipamentos (8%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,4%) e produtos de metal (7,8%). Já madeira (-2,2%) e fumo (-0,6%) registraram as duas taxas negativas no período.
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Análise regional
No âmbito regional, 13 dos 14 locais pesquisados registraram acréscimo no valor da folha de pagamento real em novembro, frente a 2009, com destaque para São Paulo (5,1%), por conta do aumento do valor para os profissionais de meios de transporte (10,4%), de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,9%) e de alimentos e bebidas (6,9%).
Na mesma base comparativa, outras regiões registraram acréscimo no valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria: Nordeste (11,2%), principalmente devido ao setor de calçados e couro, cuja folha registrou acréscimo de 24,2% no período; Minas Gerais (10,2%), impulsionada pelos aumento na indústria extrativa (53,3%), produtos de metal (26%) e meios de transportes (11,7%).
No Rio de Janeiro, o aumento foi de 10,1%, por conta dos ramos extrativo (16,8%), meios de transporte (7,5%) e de alimentos e bebidas (10,8%).
No sentido contrário, Espírito Santo registrou queda no valor da folha, de 5,5% – o único resultado negativo no período, pressionado, principalmente, pelo recuo no setor de metalúrgica básica (-42,9%).
No acumulado do ano, os destaques ficaram com São Paulo (5,2%), Rio de Janeiro (9,7%), Rio Grande do Sul (8,8%) e regiões Norte e Centro-Oeste, com aumento de 9,2%. No período, os 14 locais pesquisados registraram aumento.
Sobre a pesquisa
O IBGE considera, em sua pesquisa mensal, o valor total da folha de pagamento do pessoal ocupado assalariado para o mês de referência. Neste cálculo, estão incluídos, entre outros, salários contratuais, horas extras, 13º salário, aviso prévio e indenizações, comissões e percentagens e participação nos lucros.