Folha de pagamento real da indústria sobe 5,1% no acumulado de 2011

IBGE ainda mostra um aumento de 4,3% em setembro, na comparação com mesmo mês de 2010; houve alta em 11 setores

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria registrou aumento de 5,1% nos nove primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2010, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário.

Divulgado nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o levantamento aponta um aumento de 4,3% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

No acumulado dos últimos 12 meses, terminando no nono mês deste ano, a folha de pagamento real dos trabalhadores registrou queda de 0,4%.

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O levantamento ainda mostrou que, em setembro de 2011, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores, sazonalmente ajustado, registrou variação negativa de 1,9% frente ao mês imediatamente anterior.

Alta em 11 atividades
Considerando os valores pagos pela indústria em setembro deste ano, frente ao mesmo mês de 2010, o IBGE constatou alta em 11 dos 18 setores analisados.

Entre eles, os destaques ficaram com meios de transporte (17,0%), indústrias extrativas (21,6%), alimentos e bebidas (6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,1%), máquinas e equipamentos (2,6%).

Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes no total do País foram assinalados por: papel e gráfica (-16,7%), calçado e couro (-3,9%), madeira (-7,0%) e produtos de metal (-1,7%).

Já no índice acumulado dos nove primeiros meses do ano, o valor da folha de pagamento real mostrou crescimento em treze dos dezoito ramos investigados, com destaque para os ganhos vindos de meios de transporte (12,3%), máquinas e equipamentos (8,3%), alimentos e bebidas (5,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,2%) e indústrias extrativistas (8,1%).

Em sentido contrário, a atividade de papel e gráfica (-10%) exerceu a contribuição negativa mais significativa na média global da indústria.

Crescimento em todas as localidades
De acordo com o IBGE, a alta no acumulado dos nove primeiros meses atingiu todos os locais investigados. As maiores influências vieram de São Paulo (3,1%), Minas Gerais (11,3%), Paraná (9,6%), região Nordeste (5,6%) e região Norte e Centro-Oeste (6,8%).

Sobre a pesquisa
O IBGE considera, em sua pesquisa mensal, o valor total da folha de pagamento do pessoal ocupado assalariado para o mês de referência. Neste cálculo, estão incluídos, entre outros, salários contratuais, horas extras, 13º salário, aviso prévio e indenizações, comissões e percentagens e participação nos lucros.