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SÃO PAULO – O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria registrou alta de 4,2% em março de 2012, sobre igual mês do ano passado, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário.
Divulgado nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o levantamento aponta este é o 27º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação.
A alta se manteve ainda no acumulado do primeiro trimestre de 2012, quando o indicador registrou uma elevação de 4,6% frente ao mesmo período do ano anterior.
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Na comparação com fevereiro desse ano, entretanto, o terceiro mês de 2012 registrou uma variação negativa de 0,7% no valor da folha de pagamento real dos trabalhadores. Ao que parece, a baixa foi o primeira do ano, após dois meses consecutivos de expansão, quando o indicador acumulou um ganho de 6,4%.
Alta em 11 atividades
Considerando os valores pagos pela indústria em março, o IBGE constatou alta em 11 dos 18 setores analisados, na comparação com fevereiro.
Entre eles, os destaques ficaram com alimentos e bebidas (13,8%), indústrias extrativistas (15,4%), máquinas e equipamentos (7%), refino de petróleo e produção de álcool (14,2%) e minerais não metálicos (7,6%). Por outro lado, produtos químicos (-2,3%), calçados e couro (-4,8%), produtos de metal (-2,1%) e metalurgia básica (-1,8%) exerceram os maiores impactos negativos sobre o total da indústria.
Crescimento em todas as localidades
De acordo com o IBGE, em março, o valor da folha de pagamento real cresceu nos 14 locais pesquisados, no confronto com igual mês do ano anterior. As maiores contribuições sobre o total nacional partiram de Minas Gerais (9,7%) e do Paraná (13,4%) e foram impulsionados pelo aumento no valor da folha de pagamento real da indústria extrativa (44,4%), por conta principalmente do pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, e em menor escala, dos setores de minerais não metálicos (27,7%), máquinas e aparelhos eletrônicos e de comunicações (20,8%), alimentos e bebidas (8,9%) e meios de transporte (6,9%).
Vale citar ainda as altas apuradas na região Norte e Centro-Oeste (9,8%), Nordeste (5,1%), Santa Catarina (6,6%) e Rio Grande do Sul (5,1%).
Sobre a pesquisa
O IBGE considera, em sua pesquisa mensal, o valor total da folha de pagamento do pessoal ocupado assalariado para o mês de referência. Neste cálculo, estão incluídos, entre outros, salários contratuais, horas extras, 13º salário, aviso prévio e indenizações, comissões e percentagens e participação nos lucros.