Folha de pagamento da indústria aumentou 2,4% em fevereiro, aponta IBGE

As maiores contribuições positivas, em um ano, vieram de Minas Gerais (17,7%) e do Norte e Centro-Oeste do País (11,6%)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O valor real da folha de pagamento cresceu 2,4% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, já descontando os efeitos sazonais. Frente ao resultado obtido um ano antes, a valorização foi de 2,1%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada nesta quarta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O IBGE considera em sua pesquisa mensal o valor total da folha de pagamento do pessoal ocupado assalariado para o mês de referência. Neste cálculo estão incluídos, entre outros: salários contratuais, horas extras, 13º salário, aviso prévio e indenizações, comissões e percentagens e participação nos lucros.

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Análise setorial

Considerando os valores pagos pela indústria, o IBGE constata expansão real na remuneração de nove das 18 atividades analisadas em fevereiro, em relação a janeiro último.

Os destaques positivos ficaram com a indústria extrativa (43,5%), produtos químicos (11,3%) e dos meios de transporte (8,7%). Já as principais pressões negativas vieram de máquinas e equipamentos (-12,8%), calçados e artigos de couro (-14,2%) e madeira (-11,9%).

Análise regional

Em termos regionais, oito das 14 regiões analisadas demonstraram taxas positivas, levando em conta a base comparativa anual. A maior contribuição positiva veio de Minas Gerais (17,7%), devido ao bom resultado da indústria extrativa (155,0%), graças ao pagamento da participação nos lucros e resultados de uma grande empresa.

Norte e Centro-Oeste (11,6%) ficaram com o segundo lugar, seguido por São Paulo: 1,0%.

O maior destaque negativo, por outro lado, ficou com o Rio Grande do Sul (-8,1%), principalmente por causa de calçados e artigos de couro (-23,6%) e produtos químicos (-16,8%).

Paraná (-6,1%) veio logo em seguida, principalmente em virtude dos setores de alimentos e bebidas (-9,8%) e madeira (-19,5%).