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SÃO PAULO – A promoção chegou, mas a alteração salarial que é bom, ninguém sabe, ninguém viu. A situação pode até parecer um tanto quanto estranha, mas aqueles que nunca passaram por isso certamente conhecem a história de alguém que já tenha sido promovido verbalmente, mas que infelizmente não teve o próprio salário ou função devidamente alterado, como exige a lei.
Mas será que existe uma forma de minimizar este tipo de situação? Para a advogada trabalhista e sócia do escritório Benhame Sociedade de Advogados, Maria Lúcia Benhame, existe sim, mas isso só é possível se o profissional em questão souber como deve ser feita uma alteração legal em uma empresa.
“Antes de mudar um colaborador de função, o contratante deve avaliar se ele está apto a desempenhar a nova função. Para isso, o profissional deve ser primeiramente submetido a um exame de saúde ocupacional”, explica.
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Segundo ela, somente dessa forma é possível saber se ele poderá ser promovido.
Próximos passos
A etapa seguinte é simples: de exame de mudança de função em mãos, o colaborador deve entregar a sua carteira de trabalho no departamento de recursos humanos, para finalizar sua promoção.
“A empresa terá um dia para fazer as alterações de registro necessárias, sendo obrigada a devolver o documento para o profissional, após a conclusão de tal mudança”, diz a advogada.
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Somente após essas alterações é que os colaboradores deveriam ser promovidos, contudo, nem sempre isso ocorre.
O problema
De acordo com Maria Lúcia, um grande dificultador para a concretização deste processso está justamente dentro das próprias empresas e pode ser encontrado em todos os departamentos: é ele, o supervisor.
Pois é, segundo ela, quando a falha não é administrativa, ela pode ser causada por um erro do gestor.
“Existem chefes que mudam o profissional de função, fazem tudo, mas esquecem de notificar o RH e é por isso que os profissionais não são informados de que precisam levar a carteira de trabalho”, explica.
Nesta hora, a melhor solução para quem está perdido e não sabe o que fazer é procurar imediatamente o RH para regularizar a própria situação dentro da companhia. “Se o chefe se esqueceu de informar o RH, dificilmente ele o fará novamente. Por isso, recomendo que os profissionais que estão na dúvida do que fazer procurem o departamento de recursos humanos para informar o ocorrido e pedir uma solução”, aconselha.
O que evitar
Para evitar problemas, enrascadas e promoções que possam se revelar uma furada, o diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Marshal Raffa, oferece uma boa dica para os trabalhadores .
“Evitem as promoções de ‘portas fechadas’, que são aquelas feitas exclusivamente para o profissional, mas que logo se espalham pela empresa, causando um mal-estar geral. As regras claras são melhores para a gestão e para todos de uma empresa”, explica.
Outra recomendação do executivo é jamais se deixar levar por promessas e gratificações que saiam da descrição de cargos e salários oferecidos por uma empresa. “Assim evitam-se frustrações em âmbito corporativo, já que muitas dessas promessas podem não ser atendidas no futuro, justamente por sair do plano de carreira”, informa Raffa.